O Jornal do Sudoeste por várias vezes publicou matérias alertando que parlamentares deveriam estar atentos e tomarem providências sobre os constantes aumentos praticados pelo governo federal, principalmente em relação aos derivados do petróleo, de inteira responsabilidade de produção e venda através da Petrobras.
A renda dos trabalhadores em atividade e aposentados e também da maioria de empresários é em moeda nacional, o Real, e não em dólar. Mas a Petrobras criou uma política que reajusta combustíveis atrelada aos preços internacionais do barril de petróleo, em dólar, enquanto a renda do trabalhador brasileiro é em Real.
Em média o preço da gasolina nos Estados Unidos, é de oitenta centavos de dólar, que transformado em nossa moeda ficaria algo em torno de R$ 2,80 -, enquanto no Brasil chega a custar mais de R$ 5,00. Cabe ainda a observação que a medida utilizada nos Estados Unidos é o “galão”. Os americanos do norte pagam oitenta centavos de dólar não pelo litro, mas pelo galão, que corresponde a 3,87 litros, o que dá para ver o quanto o consumidor brasileiro tem sido explorado.
É um disparate, absurdamente massacrante a penalizar e muito os consumidores, ainda mais levando-se em conta a diferença do poder aquisitivo dos norte-americanos e brasileiros. Não dá para se estabelecer comparação.
Os constantes aumentos e majorações de preços de combustíveis só estão trazendo aumento do desemprego, pobreza, insegurança e outras consequências danosas à população brasileira, e esta é uma das razões da justa greve de caminhoneiros que abalou o país, trazendo desabastecimento de toda a cadeia produtiva.
Se no Brasil congressistas tivessem interferido nos constantes e desmedidos aumentos de preços de combustíveis, com certeza não teria acontecido o que aconteceu, uma greve que foi necessária, e que fez acender o sinal amarelo, alertando a possibilidade de ser aceso o sinal vermelho.
Onde se viu, um botijão de gás chegar a custar R$ 100,00 ? Isto é o cúmulo do absurdo. Se em nosso país, houve parlamentares realmente comprometidos para evitar esses abusos de poder econômico, não teria acontecido o que aconteceu, e o que ainda poderá acontecer.