O pretendido fechamento ao acesso a uma estrada municipal na manhã desta terça-feira (5/6), segundo informações, determinado pelo DER-MG, mobilizou um grupo de vereadores e de proprietários rurais, que não concordaram com a medida. Sem comunicação a autoridades paraisenses e nem mesmo à Polícia Rodoviária Estadual que tem seu posto a alguns metros do local, funcionários de uma empreiteira contratada pela AB Nascentes das Gerais, chegaram iniciar a colocação de material para interromper o fluxo de veículos para a estrada.
O proprietário de um sítio, onde reside, e que tem seu acesso pela estrada municipal, pouco antes das 10h ao ver que operários trabalhavam na colocação de chapas metálicas (guardrail) fechando a lateral da MG-050 que dá acesso à estrada municipal entrou em contato com o presidente da Câmara Municipal, Marcelo de Morais.
Juntamente com o vereador Lisandro Monteiro e a vereadora Cidinha Cerize, Marcelo foi ao local, e informado por funcionário da AB Nascentes das Gerais que estava sendo cumprida determinação do DER-MG, e o fechamento do acesso à estrada municipal foi a pedido da empresa Matsuda. O presidente questionou se havia mandado judicial, e afirmou ser atitude no mínimo estranha, e estaria acontecendo ingerência do DER-MG em pretender bloquear o direito de ir e vir em estrada que é municipal, nada tem a ver com o Estado.
O presidente da Câmara solicitou que a Polícia Rodoviária Estadual lavrasse boletim de ocorrência, que também foi assinado por proprietários de sítios que utilizam a estrada. “Esta estrada é mais que centenária, serve a um incontável número de propriedades rurais inclusive o conhecido bairro Lagoa Preta, vai até o município de Pratápolis, e de uma hora para outra, querem fecha-la, isto é um absurdo”, disse Marcelo Morais.
Uma hora depois de iniciada a colocação das placas metálicas, o serviço foi suspenso, e contato foi feito com a direção do DER-MG em Passos, solicitando que viesse um representante daquele órgão a Paraíso para tratar do impasse.
Marcelo Morais havia solicitado à Procuradoria Jurídica da Câmara e já estava em suas mãos pedido para embargar judicialmente o fechamento da estrada, mas acabou não sendo protocolizado. Com a vinda de funcionários do DER-MG, ficou acertado que a questão será “judicializada”, ou seja, discutida judicialmente. “Também tomaremos as medidas cabíveis através da Câmara Municipal”, assegurou o presidente da casa.
O material colocado foi retirado por funcionários da empreiteira.
Funcionários da Secretaria Municipal de Obras também estiveram no local e afirmaram que a prefeitura por sua vez, também não havia sido comunicada pelo DER-MG sobre o pretendido fechamento de acesso.