XEQUE MATE

A estratégia no xadrez

Por: Gérson Peres Batista | Categoria: Esporte | 10-06-2018 19:06 | 3668
Prof. Gérson Peres é pedagogo  e mestre nacional de xadrez
Prof. Gérson Peres é pedagogo e mestre nacional de xadrez Foto: CXOL

A estratégia é o plano, a razão de ser das jogadas.
O plano no xadrez – assim como na vida – é tão importante que alguns teóricos afirmam que é melhor conduzir um plano errado que jogar sem plano algum!
Curiosamente dizem que a estratégia é sabermos o que fazer quando não há o que fazer.
Isso se deve ao fato de que ela é abstrata, ou seja, uma casa forte a ser ocupada, um peão isolado a ser atacado, uma peça contrária mal colocada a ser explorada, etc.
O jogador deve ter uma boa base teórica para saber escolher o plano ideal em cada posição.
Um fator permanente é o da qualidade e posição dos peões, pois estes não podem, em contraste com as peças, serem transferidos de uma ala do tabuleiro para outra; posições de peões, como regra, alteram-se gradativamente, enquanto que as peças podem na maioria dos casos, mudar de colocação sem dificuldade.
Como consequência, temos a aparente contradição de que os peões, a despeito de seu valor relativamente pequeno, são os que determinam, em grande proporção, o caráter de uma dada posição.
Outros fatores permanentes são a superioridade material, e em muitos casos, a posição dos reis.
A avaliação dos elementos é o que determina o plano a seguir.
Há vários modelos de listas disponíveis, onde autores como Grau, Pachman, Seirawan e tantos outros já trataram do assunto.
Entretanto, ninguém foi tão longe quanto o grande mestre Alexander Kotov em sua obra ‘Jogue como um Grande Mestre’, oportunidade em que fez uma relação dos elementos estratégicos contendo 17 itens, sendo 12 constantes e 5 temporários.
Análise da posição sobre o ponto de vista estratégico:
Vantagens constantes:
1. Posição dos reis;
2. Superioridade material;
3. Presença de um peão passado;
4. Peões fracos;
5. Casas fracas;
6. Debilidade periférica;
7. Blocos de peões;
8. Centro sólido de peões;
9. Vantagem do par de bispos;
10. Posse de uma coluna aberta;
11. Domínio de uma diagonal aberta;
12. Domínio de uma horizontal.
Vantagens temporárias:
1. Posição desacertada de uma peça;
2. Falta de harmonia na distribuição das peças;
3. Superioridade no desenvolvimento das forças;
4. Pressão no centro exercida por peças;
5. Superioridade espacial.
Para se chegar à maestria no xadrez não há como fugir de um estudo aprofundado deste pilar.
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