Os ânimos de vereadores ficaram exaltados segunda-feira (11/6), após o presidente da Casa, Marcelo de Morais, ameaçar entrar com representação contra colega que teria acusado vereadores Cidinha Cerize, Lisandro Monteiro, José Luiz das Graças e ele de estarem "travando" o prefeito. A suposta acusação feita por um dos vereadores não agradou ao presidente e ao vice da Casa, Morais e Vinícius Sca-rano, causando polêmica durante o grande cxpediente.
O vice-presidente da Câmara, vereador Vinício Scara-no, pediu a palavra para relatar que havia recebido informações de que um dos colegas teria dito a alguns populares que há vereadores na Casa que estariam "travando" o trabalho prefeito Walker Américo de Oliveira. "A gente fica chateado, porque disseram que existem vereadores que não estão ajudando o município em nada", disse.
Scarano teceu duras críticas. "Eu, porém, já vejo o contrário, porque a função é fiscalizar as contas e as ações do Município e legislar. Se todo parlamentar fizesse isso com eficiência, produtividade, im-pessoalidade, moralidade e publicidade, não estaríamos passando pelo caos que esta-mos passando. É muito fácil ficar aqui, debaixo das asas de qualquer um, para trocar favores. Se alguém chega ao vereador e pede uma vaga na creche, ele vai lá e passa na frente das 318 crianças que estão na fila de espera? Não precisa de vereador para ir no SUS-Fácil, onde existem 50 pessoas aguardando vaga, e passar um paciente na frente de todos os outros. Isso é babaquice", desabafou.
O presidente da Casa ratificou a informação de que um dos colegas havia dito que os vereadores Cidinha Cerize, Lisandro Monteiro, José Luiz das Graças e ele estariam atrapalhando o Poder Executivo. "Estamos travando o prefeito, por quê", questionou. "Nós estamos é defendendo o interesse do cidadão e não o do prefeito", afirmou.
Marcelo comunicou aos pares que se a pessoa que fez a afirmativa confirmar, questão no Plenário da Casa ou, se ficar a afirmação comprovada de alguma outra maneira, ele entrará com uma representação contra o autor das supostas acusações no Conselho de Ética da Câmara, por quebra de decoro parlamentar, conforme previsto no regimento interno da Casa.