Dificuldades apontadas por moradores em relação à coleta do lixo reciclável foi motivo de apontamento durante o grande expediente da Câmara Municipal na sessão de segunda-feira (11/6). De acordo com a vereadora Cidinha Cerize, grande parte de materiais recicláveis tem sido coletado pela coleta de resíduos e encaminhado para o aterro sanitário, o que, segundo destacou a vereadora, pode contribuir para uma redução da vida útil do aterro.
Segundo Cidinha Cerize, em contato com a Associação de Catadores de São Sebastião do Paraíso (Acassp), ela foi informada de que tem havido uma dificuldade da população em distinguir os dias que é a coleta de resíduos, dos dias da coleta seletiva. Ela ponderou, talvez, que a falha estivesse na forma que tem sido executado o programa, sugerindo um novo planejamento que pudesse facilitar o recolhimento desses materiais.
"De acordo com Secretaria de Meio Ambiente, existem estudos que dizem a coleta dos resíduos e do material reciclável têm que ser em dias diferentes, que a forma como está programada é adequada, mas não está funcionando, mesmo porque eu fiz esse contato com o cidadão para saber se tem acontecido a coleta. Eu acredito que isso precisa ser repensado", destacou a vereadora.
YARA BORGES
A secretária de Meio Ambiente, Yara de Lourdes Borges, informou que em todo o país, onde há a coleta seletiva, o serviço funciona em dias alternados ao da coleta do lixo comum. "Nas semanas anteriores houve uma desorganização no itinerário dos caminhões da Acassp por conta da greve dos caminhoneiros, mas ela já foi regularizada e está funcionando normalmente nos dias e horários fixados", explicou a responsável pela pasta.
De acordo com a secretária de Meio Ambiente, a Prefeitura está elaborando uma nova campanha educativa, para reforçar para todos os paraisenses a importância de dispor o lixo reciclável devidamente separado nos dias e horários em que os caminhões passam.
"A responsabilidade de separação do lixo é da população, da dona de casa, e é preciso que o material seja bem separado, para que haja um total reaproveitamento. Por Isso, não é viável realizar a coleta do lixo reciclável junto com o lixo comum, porque uma vez coletado pelo caminhão de lixo ele vai para o aterro, reduzindo o seu tempo de vida útil e prejudicando o meio ambiente", completa a Yara Borges.
A COLETA
Para o efetivo funcionamento da coleta seletiva, a cidade foi sido dividida em sete setores. Com exceção da região do centro e da Lagoinha, onde a coleta será feita na segunda, quarta e na sexta-feira, nos demais bairros o caminhão da coleta seletiva ficou programado para passar uma vez por semana, sendo identificado por uma música.
Entre o material que pode ser depositado no lixo reciclável, constam objetos como papel, papelão, jornais e revistas, garrafas PET e outros plásticos. Também estão neste grupo latas de suco e refrigerantes, potes de alimentos, vidros e embalagens em geral. Dentre o lixo não reciclável consta o material de banheiro, resto de comida, borra de café, cascas de verdura, frutas, ovos e papel toalha.
Conforme a secretaria, a separação do lixo contribui para o meio ambiente de forma a reduzir o consumo de recursos naturais usados como matéria-prima na produção de novos materiais, diminuindo significativamente a quantidade de lixo enviado ao aterro sanitário. A iniciativa contribui com a saúde pública, diminuindo o volume de lixo nas ruas e terrenos baldios, evitando a proliferação de insetos roedores transmissores de doenças, como o mosquito da dengue e outros animais peçonhentos.