Passados quatro anos da realização do mundial de futebol no Brasil, a competição mais esperada entre os torcedores, a Copa do Mundo está de volta. Na fria Rússia, longe de casa e depois do fatídico 7 a 1 contra a Alemanha, a empolgação com os jogos da seleção brasileira parece já não ser a mesma. O clima pode até esquentar conforme os resultados dos jogos, mas para este primeiro momento parte da torcida está tímida e desconfiada, mesmo com a boa campanha realizada nas eliminatórias e nos jogos de preparação dentro da "era Tite". Os paraisenses não são diferentes, a expectativa pelos jogos ainda não empolgou a torcida é o que se percebe nas ruas, nas vitrines, fachadas de lojas e no comércio em geral.
Diferente do que foi em 2014 quando disputada no Brasil pela segunda vez, a outra foi em 1950, a Copa do Mundo de 2018 parece não empolgar os torcedores paraisenses. A decepção por ver a seleção ser desclassifica da forma que foi na última competição, deixou parte das pessoas céticas. No entanto, muitos já assimilaram o golpe e estão prontos para vibrar com o novo mundial que para os brasileiros começam no domingo com o jogo contra a Suiça.
O serviço geral José Antonio Coelho é um dos que deixou a relação com a seleção do Brasil congelada. "Eu deixei de acompanhar aos jogos, não sigo mais como antigamente, para mim perdeu a graça", comenta. Na copa passada a estocadora Maria Rita Pereira disse que vestiu a camisa, mas ficou decepcionada. "Eu gostava de ver o jogo do Brasil, mesmo não entendendo muito de futebol, mas depois daquela vergonha da vez passada, eu vejo o jogo, mas não me empolgo mais", diz.
Agora quem vai assistir aos jogos fala em ver a copa com expectativa moderada. Daniela Rodrigues é servidora pública e diz que verá aos jogos por ser algo que acontece somente a cada quatro anos. "Vou ver sim, mas dizer que estou empolgada neste momento não. Vamos ver como será a evolução do Brasil na Copa", descreve. Conforme os resultados forem aparecendo e serem positivos certamente que os torcedores vão se animar é o que espera o auxiliar de mecânica de máquinas agrícolas Luciano Martins Oliveira. "Vou acompanhar alguns jogos, não só do Brasil porque gosto de futebol. Acho que é a chance do Brasil ganhar o hexa, o time está bem e a seleção é uma das favoritas a ganhar este campeonato", opina.
Diferentemente da vez anterior, quando a Copa do Mundo foi disputada no Brasil, agora o Mundial da Rússia ainda não contaminou o comércio paraisense. São poucas as vitrines com motivações como bandeiras, camisas e outros objetos que lembram a competição. "O pessoal nosso montou alguma coisa, mas sem chamar tanta atenção como na Copa passada porque os consumidores estão desanimados. Temos camisas, bonés, bandeiras e outros adereços e também trabalhamos na mesma medida com produtos típicos de festas juninas que apostamos vão animar mais", avalia a vendedora Rosangela Fernandes da Silva.
No Grupo E do mundial a seleção terá como base a cidade de Sochi que fica a mais de 1.600 quilômetros de distância da capital da Rússia, Moscou. O primeiro jogo do Brasil nesta copa será neste domingo, 17, às 15 horas contra a Suiça.