A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) divulgou na semana passada o Índice de Desenvolvimento Municipal, que monitora o emprego, a renda, a educação e a saúde de todos os municípios brasileiros. Os dados se referem ao ano de 2016 e São Sebastião do Paraíso aparece em oitavo lugar entre as cidades da região e é a 49ª em Minas Gerais. Em relação ao quesito emprego e renda a cidade é uma das primeiras a aparecer no ranking.
O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), que mede o desenvolvimento dos municípios brasileiros, voltou a crescer em 2016, depois de dois anos de quedas consecutivas. O indicador fechou em 0,6678, abaixo do 0,6715 registrado em 2013. "Criado em 2008 para monitorar o desenvolvimento socioeconômico dos municípios brasileiros, o índice analisa três vertentes fundamentais ao desenvolvimento humano: Educação, Saúde além de Emprego e Renda. Cada um deles recebe uma espécie de nota que contribui para o resultado geral e final de cada cidade.
Com base em dados de 2016, o IFDM monitora os indicadores sociais em 5.471 municípios, onde vivem 99,5% da população brasileira.O estudo adota uma escala de avaliação que vai de 0 a 1 e quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento do município. As cidades são divididas em quatro categorias sendo as de baixo desenvolvimento (de 0 a 0,4), desenvolvimento regular (0,4 a 0,5), desenvolvimento moderado (de 0,6 a 0,8) e alto desenvolvimento (0,8 a 1).
No Sul de Minas o melhor desempenho ficou para Andradas que foi a segunda colocada no Estado. São Sebastião do Paraíso foi a 49ª classificada em Minas e no ranking nacional é a 554ª colocada.
O município paraisense obteve o índice de Desenvolvimento Municipal com nota 0,7892 apontado para desenvolvimento moderado. Em aspectos individuais da pesquisa alcançou pontuação de 0,6383 para Emprego e Renda; 0,8878 na Educação e 0,8417 na Saúde. Confira na tabela em anexo a classificação das cidades da região.
Em Emprego e Renda, o índice leva em conta o quanto a cidade gera de empregos formais, sua capacidade de absorver a mão de obra local, quanto de renda formal é gerada, os salários médios e a desigualdade social. Já em Educação, a Firjan analisa o número de matrículas na Educação Infantil, a proporção de estudantes que abandonam o ensino fundamental, além da distorção idade-série, o número de professores com ensino superior, a média de aulas diárias e o resultado do IDEB no Ensino Fundamental. O índice Saúde é calculado por sua vez, com base no número de consultas pré-natal, óbitos por causas mal definidas, óbitos infantis por causas evitáveis e número de interna-ções sensíveis à atenção básica (ISAB).
LEVANTAMENTO GERAL
No resultado geral, incluída a média das notas dos três indicadores (emprego e renda, saúde e educação), foram observados apenas 431 municípios com alto rendimento. As três vertentes que compõem o IFDM apresentaram crescimento em 2016. O índice de emprego e renda atingiu 0,4664 ponto, voltando a crescer após duas quedas consecutivas, quando acumulou retração superior a 20%. Essa foi a área de desenvolvimento que mais sofreu com a recessão dos últimos anos.
Tanto o IFDM educação como o IFDM saúde apresentaram discreta elevação, mantendo a trajetória observada desde o início da publicação do índice. No entanto, a evolução apresentada pelos dois indicadores foi a menor em 10 anos, indicando que a crise também teve impactos sociais, e não só econômicos. O IFDM educação subiu de 0,7644 (2015) para 0,7689 (2016). Já o IFDM saúde saiu de 0,7534 para 0,7655, no mesmo período.
O estudo sustenta que é preciso acelerar o crescimento econômico - acima de 1,5% ao ano - para garantir o cumprimento de metas assumidas pelo Brasil, interna e externamente, em educação e saúde. Os principais problemas apontados foram deficiências no ensino infantil, com menos de 30% das crianças matriculadas em creches, e no acesso à pré-escola. Na área de saúde, o atendimento às gestantes, bem como a cobertura de atenção básica, estão longe do desejável.
Segundo o diagnóstico, não houve diminuição de transferência de recursos financeiros para os municípios, mas sim falta de gestão eficiente. Acelerar o desenvolvimento no interior do país passa por uma política ampla de capacitação e aprimoramento dos gestores públicos, sobretudo nas regiões menos desenvolvidas, defendem os autores do IFDM.
CLASSIFICAÇÃO DAS CIDADES NO IFDM
Estadual Nacional Cidade
2º 113º Andradas
3º 124º Poços de Caldas
9º 187º Pouso Alegre
12º 222º Varginha
21º 268º Alfenas
22º 282º Guaxupé
32º 404º Bom Jesus da Penha
49º 554º São Sebastião do Paraíso
68º 763º Machado
85º 910º Delfinópolis
115º 1076º Passos
117º 1095º São Tomás de Aquino
128º 1163º Arceburgo
181º 1485º Monte Santo de Minas
191º 1533º Itamogi
361º 2387º Jacui
382º 2459º Itau de Minas
511º 3032º Capetinga
581º 3346º Cássia
599º 3466º Pratápolis
742º 4232º Fortaleza de Minas