O esporte une povos, continentes, culturas, sendo um dos caminhos para a paz mundial.
O atleta olímpico Joaquim Eduardo Lopes está ligado a São Sebastião do Paraíso por laços familiares. É casado com Danielle Feliciano, filha de Maurício Feliciano e Maria Izilda Ferreira Feliciano. É minha neta, sendo ele meu neto por afinidade e pelo coração.
Joaquim Eduardo Lopes nasceu na cidade de Neuquen, Patagônia Argentina. É filho de Marial Del Carmen Marin e Eduardo Rodolfo Lopes, tem três irmãs: Belen, Maria Eugênia e Victoria.
Apaixonado desde pequeno por esportes, focaliza o maior tempo no futebol, onde todo final de semana ia jogar acompanhado de seu pai, para defender a camisa do Clube Atletico Independente de Neuquen. Mas Hoquei Sobre Grama era o esporte que mudaria seu destino. Um caminho que o levaria a longas viagens onde conheceria pessoas e culturas diferentes e sempre a novos desafios.
Com 17 anos foi chamado para defender a camisa da equipe nacional argentina; e no começo de sua carreira profissional como atleta de hóquei se apresentou uma outra oportunidade: jogar futebol no Clube do Boca Junior, que trocaria pela oportunidade de jogar um mundial na equipe sub 21 argentina de hóquei. No entanto sua carreira no futebol durou somente alguns meses e logo deixaria a cidade de Buenos Aires para voltar a sua cidade natal, em Neuquen. No ano seguinte surgiu uma nova chance para jogar no clube profissional Bordeaux, da Fraça. Essa seria a próxima camisa e destino que o hóquei tinha para esse jovem de 18 anos. Foi uma experiência fantástica, não só pelo desafio esportivo, cultural, mas também pela dificuldade para se comunicar além do taco e da bola.
Depois de dois anos morando na França, volta para Patagônia onde sua alma inquieta não demora muito em projetar novo desafio; morar no Rio de Janeiro a fim de cumprir um sonho de todo atleta: jogar um jogo olímpico. Foi então que em 2013 se oferece a disponibilidade para a seleção brasileira de hóquei, para defender a verde e amarela.
Mas como um argentino, sem família brasileira, podia se tornar brasileiro? Nem ele sabia. Só tinha a certeza de que um dos requisitos seria morar pelo menos três anos no país. Visando as Olimpíadas de 2016, em junho de 2013 vai morar no Rio de Janeiro, na casa de um conhecido de sua família. Era a única pessoa que conhecia e facilitou o começo do sonho olímpico.
No início de 2015 ainda com o Brasil sem se classificar para as Olimpíadas, foi no Panamericano de Toronto que a seleção brasileira faz a maravilhosa conquista olímpica. Venceu os Estados Unidos e Canadá.
Depois de dois anos de encantar o hóquei brasileiro com seu jogo em um clube carioca disputando torneios nacionais, começa a parte burocrática para se tornar brasileiro. Foi então que a vida colocaria em seu caminho aquela que viria a ser sua esposa. Daniele Feliciano veio não só para que seu sonho olímpico se tornasse realidade através do casamento e naturalização, mas também para que fosse o sonho e a realidade de sua vida pessoal Foi então que em 2016 junto com a camisa verde-amarela Joaquim se tornou um atleta olímpico. Com a torcida brasileira torcendo pela seleção brasileira em casa, Joaquim reafirmou seu amor e carinho pelo povo brasileiro.
Hoje, continua jogando torneios internacionais defendendo a seleção brasileira, sendo que este ano em Cochabamba, na Bolívia, o Brasil conseguiu sua inédita medalha de bronze.
Joaquim foi contratado para jogar na Bélgica, melhor liga a nível mundial. Terminando seu contrato voltará ao Brasil, defendendo a Seleção Brasileira com seu estilo próprio e seu entusiasmo.