CONSTRUÇÃO

Consórcio ou financiamento de imóveis: Qual a melhor opção?

Quem quer comprar uma casa tem a seguinte dúvida: devo fazer um consórcio ou financiamento de imóvel?
Por: Redação | Categoria: Cidades | 11-04-2017 16:04 | 1257
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Essas duas opções podem ser utilizadas, mas cada uma delas tem vantagens e desvantagens. Cabe a cada pessoa saber o que quer e o que pretende, adotando a melhor opção. Você vai entender mais sobre consórcios e financiamentos, descobrindo qual opção é mais adequada para o seu caso.
CONSÓRCIO
O consórcio é uma modalidade bastante utilizada, especialmente por quem quer economizar. A taxa de juros nesse caso é mais baixa e, em momentos de crise da economia, o consórcio é uma opção bastante válida, especialmente porque não há incidência de juros, somente o pagamento de taxas administrativas. Nesse sentido, o valor a ser cobrado como taxa administrativa varia conforme a instituição que oferta o consórcio.
Assim, se a sua opção é comprar uma casa e economizar o máximo que puder, não tenha dúvidas: faça um consórcio. Por outro lado, é preciso considerar algumas desvantagens. A principal delas é que o comprador não tem acesso ao imóvel rapidamente. Por ter um prazo maior de pagamento, pode demorar anos para que o comprador consiga adquirir seu imóvel. Por exemplo, se o consórcio tiver 120 meses, ele pode ser sorteado somente no mês 120º e, durante todo esse tempo, precisará pagar o aluguel, além do consórcio, é claro.
Outra questão é que, ao final do pagamento do consórcio, devido ao longo prazo, aquele valor pode estar defasado, o que acarretará na compra de um imóvel menor ou mais afastado daquele que o comprador inicialmente gostaria.
Por isso, se a sua ideia é comprar um imóvel e já se mudar, o consórcio pode não ser a melhor opção. Uma dica para quem mesmo assim optar pelo consórcio é juntar um valor alto e dar um lance bom logo no começo do consórcio, obtendo a liberação da carta. Outra recomendação é juntar o máximo de dinheiro que puder para que, ao ser contemplado, o comprador possa pagar o restante do imóvel à vista, obtendo um preço mais atrativo.




FINANCIAMENTO
O financiamento habitacional, por sua vez, é a modalidade mais usada hoje em dia porque permite ao comprador ter acesso ao imóvel e pagá-lo enquanto está desfrutando dele. Assim, basta apresentar a documentação e passar pelo processo de avaliação da instituição financeira e o imóvel estará disponível.
O valor disponibilizado a cada cliente é calculado de acordo com o perfil do comprador, ou seja, sua renda, contas que ainda têm a pagar, valor da entrada etc. Por isso, é indicado que, antes de adquirir o imóvel, o cliente entre em contato com o banco para ter uma ideia do valor que pode financiar.
Uma dica nesse caso é acessar o site dos bancos, que oferecem um simulador virtual para o cálculo do financiamento habitacional. Nesse simulador ou em contato com o gerente do banco, também é possível descobrir o limite máximo de financiamento, a quantidade de prestações, taxas de juros etc.
Por isso, se você está buscando um financiamento habitacional, o mais recomendado é pesquisar. Além disso, deve-se levar em consideração que os bancos, tanto públicos quanto privados, trabalham com duas tabelas: Price e SAC.
A tabela Price tem valor de prestações constante. Já a SAC possui parcelas decrescentes. Assim, ao ser assinado o financiamento, o cliente recebe uma tabela com todas as prestações que serão pagas ao longo dos anos e seus respectivos valores.
A desvantagem do financiamento é que o valor pago acaba sendo muito mais alto que no consórcio devido às taxas de juros. No caso da alta da inflação, não é recomendável fazer o financiamento, porque as taxas de juros tendem a ser ainda mais altas, o que encarece cada vez mais o imóvel.




CONSÓRCIO OU FINANCIAMENTO
A escolha de consórcio ou de financiamento depende do perfil do comprador e do que ele deseja. De maneira geral, o consórcio sai mais barato do que o financiamento, independentemente da escolha ser pela tabela Price ou SAC. Mesmo assim, o volume maior é de financiamento habitacional e isso ocorre devido à possível demora na aquisição efetiva do imóvel que ocorre no caso da contratação do consórcio.
Para entender a diferença de preços entre cada modalidade, veja um exemplo. No caso de um imóvel de R$ 500 mil, o valor de um financiamento pela tabela SAC ficaria no total de aproximadamente R$ 789 mil. Pela tabela Price, o total ficaria em aproximadamente R$ 807 mil e pelo consórcio, R$ 742 mil.
Em um cenário ideal, o melhor seria o comprador adquirir o imóvel à vista ou dando um valor alto de entrada. Isso diminui as taxas de juros de um financiamento habitacional e evitaria a espera exigida pelo consórcio. Além disso, nesse caso, é possível negociar um desconto com a construtora ou com a pessoa que está vendendo o imóvel.




FGTS - FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO
Se essa não é uma possibilidade, uma dica para quem quer fazer o financiamento habitacional é usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para dar um alto valor de entrada e sacar o FGTS a cada três anos para amortizar o valor devido ao banco. Assim, é possível reduzir consideravelmente as taxas de juros e ainda pagar o imóvel em menos tempo.
Nesse cenário, ainda é preciso considerar que os bancos estão autorizando menos financiamentos habitacionais devido à alta da inadimplência dos consumidores, o que pode fazer com que as taxas de juros aumentem ainda mais ou impedir a contratação do financiamento. Por isso, novamente é importante reforçar que entrar em contato com o banco é fundamental para evitar imprevistos.
De toda forma, o melhor é sempre pesquisar, seja para um financiamento, seja para um consórcio. Encontrar as taxas de juros mais baixas ou as taxas de administração mais atraentes pode ter um impacto bastante positivo nas suas finanças, garantindo que você tenha seu imóvel em mãos no menor tempo possível e pelo preço mais baixo.




TIRE AS DÚVIDAS SOBRE O CONSÓRCIO
O que é: 
- É a modalidade de compra baseada na união de pessoas em grupos para formar poupança para a aquisição de bens.
- A formação desses grupos é feita por uma administradora autorizada e fiscalizada pelo Banco Central.
- Só há duas maneiras de ser contemplado: o sorteio e o maior lance (antecipação de parcelas, que ainda não dá garantia de contemplação).
O lado bom
- Não tem juros, mas taxas mais baixas em relação aos financiamentos.
- O cliente tem a garantia de receber o valor correspondente ao bem desejado.
- O crédito que o cliente recebe equivale a uma compra à vista e dá poder de negociação.
- Estimula a traçar um orçamento mensal e a programar o uso do dinheiro.
O lado ruim
- O consorciado não terá o bem imediatamente, vai depender de sorteio ou do maior lance.
- O bem pode vir somente no final do prazo, é preciso avaliar se é possível esperar até lá. 
- Há taxas que devem ser levadas em conta, além de eventual valorização do bem que se soma à mensalidade.
- Deve-se pagar as prestações até o fim, mesmo após a contemplação. Pode ter o nome inserido nos órgãos de restrição de crédito se deixar de pagar após ser contemplado.
- Quem deixa de pagar antes da contemplação não participa mais dos sorteios e pode não receber a carta de crédito, se for contemplado. Paga multas e juros. 
6 passos do consórcio
1: Escolha uma administradora autorizada pelo Banco Central do Brasil (clique em Perfil Cidadão, Bancos e outras entidades supervisionadas e Administradoras de consórcio).
2: Entre em contato com a empresa e verifique os planos disponíveis.
3: Avalie o peso da mensalidade por todo o período do consórcio, o valor pode sofrer ajustes nesse período se o bem se valorizar.
4: Verifique as regras de contemplação por sorteio e lance. Desconsidere promessa verbal, o prometido tem de estar no contrato.
5: Com adesão confirmada, é hora de participar das assembleias, as reuniões em que ocorre a distribuição dos créditos.
6: Após ser contemplado, lembre-se que se tem poder de compra à vista para negociar descontos.