ZÉ MEYER.
O que estão fazendo com o ator José Meyer é mais uma indisfarçável burrice, filha da ditadura do politicamente corrente e do engajamento desnutrido de caráter e conteúdo que os filhos do coitadismo da esquerda populista herdaram. Como têm que vaiar alguma coisa e as vezes não conseguem o mote, inventam um motivo banal, que supervalorizam, e arregimentam um bode expiatório qualquer para espancar até que um outro escândalo sobrevenha, ou um fato qualquer seja de novo manipulado por esses janotas da comunicação. O ator mineiro está sendo espinafrado porque teria “assediado” sexualmente uma funcionária da Globo. Grande besteira. Meyer pega a mulher que quiser. Deve, sim, ter dirigido algum gracejo para a moça, que aliás não é lá essas coisas, vi as fotos dela. Bastou isso para um bando de mal amadas, muitas delas colegas do Zé, eclodirem uma blenorragia de preconceitos, moralismos, sexismos, tudo ao contrário. Porque o feminismo é isso: o machismo às avessas. Tecnicamente, gente, assédio sexual é a importunação escandalosa, ofensiva, que afeta o ambiente de trabalho e de estudo. E, principalmente: que não permite à vítima defender-se com dignidade e segurança. Ora, ora, a moça tanto não gostou, que se defendeu, pôs a boca no trombone. Diz que suporta a conduta do ator mineiro há anos. Paciente ela, hein? Ridícula trama, mais surreal do que a maioria das novelas estreadas por José Meyer e pelas beldades e vedetes que agora, por absoluta falta de assunto, por ausência de motivo para berrar e criar polêmica, partem para cima de quem não merece só para criar bafafá e assunto e parecerem “politizadas”. Engraçado, amigo leitor, observe: não vai ver dentre estas apupadoras de passeada, destas tuiteiras de zona sul, nenhuma atriz ou jornalista de ponta, ou bem casada. Por que será?
O VERDADEIRO PRECONCEITO.
José Meyer é ator mineiro casado há trinta anos com a mesma mulher. É daqueles bons mineiros que mudou para o Rio por motivos profissionais, mas não começou a puxar o S e nem criou sotaque carioca para dar uma de moderninho. Não esqueceu suas raízes mineiras. Não é homossexual. Não fuma maconha e nem cheira cocaína. Permanece o bom cruzeirense que sempre foi e não entrou nessa de se dizer flamenguista ou corintiano só porque saiu do seu estado de origem. Só esse seu perfil (bem casado, heterossexual, avesso a modismos), o afasta da metade dos seus colegas de trabalho. Como permanece na sua, não frequenta baladas e é avesso a escândalos, não faz parcerias vis com a imprensa marrom, que costuma esconder os defeitos e enfatizar as qualidades reais ou fabricadas dos seus queridinhos da mídia da vez. Com Zé Meyer não. Observe. Você só houve falar dele por seu trabalho. Nunca soube dele batendo na mulher, participando de passeata, afrontando políticos ou a polícia, flagrado com maconha saindo de boca de fumo de morro de favela, ou bêbado ao volante. Nosso mineiríssimo Zé é bom marido e bom pai. Faz um outro gracejo e ganha a pecha hipócrita, canalha e mentirosa de machista. Olha, considero o machismo um erro, mas muito menos danoso do que o ódio visceral dessa galera de pseudo-pensadores que está empesteando a internet. Você é livre, amigo, para escolher o seu lado sexual e político, é livre para estropiar seu corpo com substâncias lícitas e ilícitas, mas também é livre, vez ou outra, para gracejar com colegas de trabalho, que ninguém é de ferro. E digo, e repito, e é assim que julgo, nos processos e na vida: cantada não é crime. Cantada maldada resolve-se com um “não”, uma resposta mais rude, até com um barraco. Ir além disso é querer superar a própria mediocridade para aparecer, é buscar quinze minutos de fama em cima de gente inocente, que não tem culpa de ser talentosa, ter dinheiro, poder, fama, etc... É uma inveja oportunista, só isso.
O DITO PELO NÃO DITO.
“O Feminismo brasileiro acaba na pensão alimentícia”.
RENATO ZUPO, JUIZ DE DIREITO E ESCRITOR