BRASÍLIA – O goleiro Bruno Fernandes que em março foi contratado pelo Boa Esporte, de Varginha, deverá retornar de imediato à prisão. É o que decidiu por três votos a um a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Em 24 de fevereiro, Bruno sentenciado a 22 anos e três meses pelo assassinato de Eliza Samudio foi solto pelo ministro Marco Aurélio Mello, do STF, que lhe concedeu habeas corpus. O ministro teve entendimento que a condenação ainda não foi confirmada em segunda instância e, por isso, o réu poderia recorrer em liberdade. Mas nesta terça-feira (25/4) a maioria do colegiado discordou e decidiu mandar o jogador de volta para a prisão.
O julgamento terminou com três votos a um. Os ministros tiveram o entendimento que condenações de Tribunais do Júri são soberanas e podem ser cumpridas de imediato. Consideram ainda que Bruno teria agido de forma planejada, com frieza e requintes de crueldade.
Os ministros Alexandre de Moraes, Luiz Fux e Rosa Weber votaram pela revogação do habeas corpus. Apenas Marco Aurélio defendeu que o goleiro continuasse em liberdade.
Bruno foi condenado em 2013 pelo Tribunal do Júri, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou na semana passada um parecer ao STF pedindo a revogação da decisão que libertou Bruno. O procurador assegura que a demora na análise do processo em segunda instância ocorre por conta dos recursos apresentados pela defesa do goleiro, com o claro objetivo de postergar o julgamento