A Prefeitura de São Sebastião do Paraíso e a Santa Casa de Misericórdia estão desenvolvendo um estudo conjunto que pretende avaliar a possibilidade de transferência do atendimento feito na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) para o hospital. O anúncio foi feito durante a realização de uma entrevista coletiva que contou com a presença do prefeito Walker Américo Oliveira, do secretário de Saúde, Wandilson Bícego e o interventor da Santa Casa, Adriano Rosa do Nascimento. “Estamos fazendo isto de forma aberta, clara e transparente, exatamente para evitar qualquer tipo de boato”, disse o secretário.
Wandilson mencionou que nos últimos dias têm surgido muitos boatos e informações desencontradas sobre as possíveis transferências. “Tem havido informações desencontradas de que a UPA e a pediatria serão fechadas e é preciso fazer os devidos esclarecimentos”, disse. O secretário acrescentou que o assunto foi apresentado na reunião do Conselho Municipal de Saúde o que pode ter motivado entendimentos equivocados.
“Estamos realizando um estudo e planejamento visando oferecer o que for melhor para a população”, acentua o secretário. Wandilson ressalta que o município até foi notificado pelo Ministério da Saúde de que a UPA não está finalizada em sua construção e o seu funcionamento pode ser classificado como irregular. “Por isso que estamos avaliando a viabilidade de mudarmos o atendimento e levá-lo para a Santa Casa”, explica.
O diretor da comissão interventora que administra o hospital frisa que o que existe de concreto até o momento é a realização do estudo de viabilidade. “Que existe a possibilidade a resposta é sim, mas dependemos das avaliações que estão sendo realizadas junto com a prefeitura”, observa. Ele informa que em relação a parte física da Santa Casa será necessário realizar algum remaneja-mento de estrutura, bem como algumas reformas entre outras questões. Que estão sendo analisadas, isso leva um certo tempo, mas estamos agindo com agilidade.
Adriano aponta que existe uma grande área para atendimento de urgência e Emergência que pode ser apropriada. “Existem outras áreas que podem ser liberadas, podemos promover mudanças do local do ambulatório, mas tudo isso se faz com os devidos estudos”, ressalta.
Wandilson esclarece ainda que anteriormente cogitou-se que a UPA poderia ter sido construída próxima a Santa Casa. “Na verdade o município deveria ter um imóvel há pelo menos 15 anos e não tínhamos na época, mesmo que fosse doado pela Santa Casa haveria pouco tempo no nome e a construção seria inviabilizada”, cita. Se a unidade fosse construída dentro do terreno da Santa Casa seria uma UPA Ampliada e não uma UPA Hospitalar, acrescenta o secretário.
O prefeito Walker Américo Oliveira tem acompanhado de perto todo o processo de avaliação. “Determinei que seja feito este estudo de viabilidade, através do jurídico, em parceria envolvendo as partes para que não ocorra nenhuma possibilidade de a população ser prejudicada”, diz. Depois de participar da coletiva, Walker e o secretário Wandilson foram junto com Adriano até a Santa Casa onde fizeram uma visita as instalações. “Verificamos vários detalhes inclusive a possibilidade de se construir uma entrada exclusiva para a pediatria. Caso a mudança seja concretizada o atendimento deverá até ser ampliado”, observa.
Redução de custos e atendimento agilizado
De acordo com o diretor da Santa Casa e o secretário municipal de Saúde, caso a transferência da prestação de serviços da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) seja de fato concretizada, haverá uma economia de gastos. Para o paciente a medida representará menor tempo na fila de espera para o agendamento de internação junto ao SUS Fácil. Adriano cita ainda que a medida possibilitará que redução de equipes médicas e toda a infraestrutura. “Hoje temos prestação de serviços em vários locais e o que precisamos é centralizar para que tenhamos mais agilidade e um atendimento mais humanizado e de melhor qualidade à população”, opina.
Embora o estudo esteja em andamento já há algumas semanas Wandilson Bícego afirma que espera em curto espaço de tempo poder resolver esta questão. “Fomos verificar ‘in loco’, precisamos de algum remanejamento de estrutura, algumas reformas e outras questões para que ocorra a aprovação da Vigilância Sanitária. Precisamos fazer dentro de um padrão que dê qualidade ao atendimento”, acrescenta.
Ainda conforme Adriano a mudança poderá viabilizar a questão da urgência e emergência no município. “Hoje nós temos um déficit alto. Neste sentido estou fechando com R$ 194 mil em prejuízo, mas quando a gente tenta unir estas unidades, estamos realmente consolidando uma rede”, opina.
O administrador do hospital mencionou que além do serviço público e até mesmo quando do atendimento particular quando se fala em urgência e emergência tudo deságua na Santa Casa. “Este é o nosso foco enquanto gestão, por isso estamos estudando para fazer o melhor em qualidade de assistência para o usuário”, enfatiza.
Quanto aos funcionários Wandilson assegura a que os mesmo não serão prejudicados em função do regime diferenciado a que estarão sujeitos. “Com estudo que está sendo feito estamos tendo o cuidado de avaliar tudo isso, uma vez que o servidor sai de uma instituição pública, para uma filantrópica.
Queremos tranquilizar a todos, pois, se concretizarmos, os benefícios serão mantidos bem como as gratificações, eles inclusive continuarão recebendo da prefeitura e terão direito às promoções da carreira, com todas as garantias”, descreve.