É. Após quatro anos de paralisação, eis que volta com estilo, no XXXII Encontro dos Historiadores e Pesquisadores dos Sertões do Jacuhy. Foi o que vimos na cidade de Jacuí, neste último sábado, dia 6. Uma Associação que reúne, num encontro, cerca de vinte Municípios da Região do Jacuhy, e discute temas de alta relevância, não pode parar. Tais temas como: A importância da leitura e pesquisa nos Sertões do Jacuhy – livro Tocaia no Fórum (Professor e Historiador Antônio Theodoro Grillo) - Pesquisa Patrimonial nos Sertões do Jacuhy (José Limonti Junior) – Inventário Post Mortem como fonte para o estudo da escravidão no Sudoeste Mineiro no século XIX (Rubens Arantes – O livro, a leitura e o Patrimônio Histórico (Amigos da Biblioteca de Academia de Letras do Sul de Minas) – Parque Nacional Serra da Canastra, “influências e atuações no desenvolvimento dos Sertões do Jacuhy” (Matheus Baltazar) – Ações a serem conduzidas pelo IPHAN e pelo Ministério Público Federal para preservação, proteção e extroversão do Sítio Arqueológico Lanhoso, localizado nas Ruínas no sítio Lanhoso em Jacuí – (Renata Aparecida Silva Baquião).
Fácil descrever sobre o Encontro histórico e sobre os temas discorridos pelos apresentadores. Difícil, para mim, escrever sobre o que aconteceu de emocionante ali naquele espaço de tempo. Foram tantas as emoções, que pensei em dividir em partes a contextualização deste artigo. Apresentação inédita do Hino de Jacuí, composto por Cida Coelho e música do Maestro Alexandre Cavallero, pelos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Carvalhaes de Paiva.
Jacuí, cidade histórica, bicentenária (200 anos) e não tem Hino?! Agora tem letra e música prontas, contando sua história, aguardando sua oficialização, como ouvimos do senhor prefeito, Geraldo Magela.
Jacuí tem marco forte, gente! Apresentação do histórico e do momento atual da Associação pela historiadora Renata e a dissertação do antropólogo e professor Grillo sobre a importância da preservação, patrimônio cultural e da segurança e violência, ambos com muita competência e conhecimento do assunto.
Ouvir o professor Grillo é maravilhoso e emocionante. Ele tem a capacidade de nos transportar para o momento histórico em pauta. Renata e Grillo, os primeiros pesquisadores, são patrimônios imbatíveis. O Encontro confirma a continuidade histórica que a cidade de Jacuí tem com Minas Gerais, que jamais sucumbirá.
Passadas as muitas emoções, fiquemos com o Professor Grillo: Não podemos deixar perder a memória de Jacuí. Temos de procurar a história onde ela está. A história compõe de arquivos. E eles não falam, mas guardam a memória. Isto é o que vale para quem tem arquivado sua história. A gente tem de trazer cultura na ponta do nariz. O próximo encontro da Associação será na cidade de Ibiraci, dentro de 60 dias.
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico Correspondente da APC
Jacuí/MG – E-mail: fmjor31@gmail.com