Sãosinha

Josehpina Maria

Por: Conceição Ferreira Borges | Categoria: Acidente | 13-05-2017 09:05 | 2539
Foto: Reprodução

Nome bonito de uma pessoa maravilhosa. Brasileirinha, filha única de italianos economicamente prósperos, muito amada pelos pais.
Na infância teve bonecas de porcelana, lindos vestidos e amiguinhas na escola particular.
Residiam em Posse, uma pequena cidade perto de Campinas. Aos 10 anos de idade os pais resolveram voltar para a Itália. Moravam lá por um ano e voltaram vindo diretamente para São Sebastião e aqui encontraram seu Paraíso.
Jovem linda, olhos verdes da cor do mar, grandes e sonhadores, pele que lembrava a textura de pétalas de rosas, cabelos longos, castanho escuro, gentil e delicada.
Pela sua beleza e personalidade encantadora aos 18 anos foi aclamada pelo jornal “Progresso” de propriedade e redação de Cavaliere João Pontes, Miss Paraíso.
Apaixonou-se por um belo jovem, João Borges de Moura, que tocava violão e cantava canções de amor para ela, fazendo serenatas, tendo por companhia a lua e as estrelas.
Era poeta e tinha um pequeno jornal “A Chaleira” dedicado à mocidade da época.
Casaram-se alguns anos depois e o jovem poeta transformou-se em um jornalista de repercussão regional. Não admitia opressões de consciências e nem censuras à imprensa.
Pelas suas ideias democráticas, seu jornal “Libelo do Povo” foi cassado.
A esposa foi sua fortaleza, aconchego e o grande estímulo para lançar um novo jornal. 
O entusiasmo voltou e lançou o “Diário da Tarde”, o primeiro jornal diário da cidade. Teve duração de um ano, devido aos altos custos de manutenção.
Lançou novo semanário “Cruzeiro do Sul” que também foi cassado pela ditadura, mas conseguiu reabri-lo, e por 50 anos contou a história de São Sebastião do Paraíso.
Josephina, em épocas de frio, fazia campanhas pelo jornal e conseguia centenas de cobertores que agasalhavam pessoas necessitadas.
Josephina foi a esposa perfeita para um grande jornalista que acreditava na democracia e valores humanos.
Seus dois filhos, Conceição e Aníbal tiveram suas formações dentro dos princípios morais, religiosos, culturais e artísticos.
Conheceu e amou muito seus quatro netos, Maria Izilda, Aníbal, Maria Luiza e Adriene, e foi muito amado por eles.
Aniballe Suardi e Melania Delemezze Suardi tiveram todo o carinho da filha e da família querida durante suas vidas.
Josephina foi filha doçura, esposa ternura e muito amada pela família.
Josephina teve e sempre terá meu amor infinito. Ela é minha Mãe.