Mãe

De mãe para filho

Por: Redação | Categoria: Cidades | 17-05-2017 09:05 | 1102
Foto: Reprodução

Marília de Souza Neves

Filho,
Desde que o vi pela primeira vez, senti algo até então desconhecido: misto de emoção e insegurança. Entendia que Deus me havia concedido uma bênção e, ao mesmo tempo, a complexa incumbência de educar uma alma.
Nos primeiros dias, confesso-lhe que senti medo: medo de não ser suficientemente boa para cuidar de você; medo de fazer algo que o prejudicasse; medo do julgamento alheio; medo de errar.
Sabe, meu filho, um turbilhão de pensamentos povoava minha mente tão “imatura”. “Será que irei saber conduzir meu filho ao caminho certo?” “Será que meu filho se tornará uma pessoa digna?” “Saberei transmitir-lhe princípios e valores?” “Conseguirei ser um bom exemplo para ele?”.
E, dia após dia, eu ia aprendendo a ser mãe.
Hoje, quando olho para você, é impossível conter as lágrimas...
Foram tantos dias, noites e madrugadas, cuidando de você, meu filho!
Foram tantas renúncias!
Foram tantos desafios!
Foram tantas as perguntas, ordens e súplicas: “Guardou os seus brinquedos?” “Lavou as mãos antes de comer?” “Já escovou os dentes?” “Fez os deveres de casa?” “Vá tomar banho!” “Já passou desodorante?” “Até agora acordado?” “Vá dormir!”, entre inúmeras frases que compõem o dicionário das mães.
É, querido, tenho certeza de que, em diversas circunstâncias, você me achou uma chata, uma mulher que falava e repetia, constantemente, as mesmas frases.
Quando você era criança, cuidei de sua alimentação, de sua higiene, de sua saúde.  Depois, preocupei-me com seus estudos, chorei quando aprendeu a ler, brinquei de faz de conta, sujei-me na areia com você, eu lhe contei a mesma história seguidas vezes...  Também não me esqueci de apresentar-lhe a palavrinha limite, de doar-lhe muita afetividade e direcioná-lo a uma religião, ciente de que seria importante cuidar do corpo e da alma.
Na adolescência, você chegou até sentir vergonha de mim, julgando-me “careta”, “ultrapassada”, “retrógrada”, principalmente quando eu aparecia para buscá-lo nas festinhas, ou quando queria saber o que fazia no computador, com quem conversava, por que tanto mexia naquele bendito celular...
E os ciclos da vida seguiram seu percurso, meu filho!
Mais experiente, agora lhe afirmo que não importa a idade, se posso pegá-lo no colo ou apenas abraçá-lo e beijá-lo, ou mesmo, distante, vibrar por sua felicidade, você é e sempre será o meu pacotinho lindo que Deus me ofertou, a fim de que eu o auxiliasse a evoluir. 
Agradeço a Deus, por ter me dado uma valiosa semente, para que eu a ajudasse a se tornar árvore, e a você, meu filho, por me presentear com a oportunidade de ser uma pessoa melhor, afinal, sou mãe, sua mãe: hoje, amanhã, sempre.
Abraços de urso e beijos caramelados de alguém que o ama incondicionalmente:
SUA MÃE!
A todas as mães, avós, tias ou pessoas que desempenham a função da maternidade, nossos sinceros parabéns!
Deus as abençoe sempre!