E, na fugacidade dos dias que passam, mesmo pincelados por tantas contradições, o amor renasce. Os lábios anunciam com um sorriso, quando os olhos encontram quem o coração procura. O amor, realmente não tem idade; está sempre nascendo e um sentimento de amor, por menor que seja, derruba uma montanha de ódio, pois só se vê com coração. O essencial é invisível aos olhos, como ensinava Antoine S. Exupéry.
Relendo Manuel Bandeira, transcrevo essas redondilhas, de poesia pura:
"Estás, em tudo que penso, estás em quanto imagino.
Estás no horizonte imenso, estás no grão pequenino.
Estás nestas rosas, nestas zínias, estás nestas lizes.
Estás nas horas funestas estás nas horas felizes.
Estás na ovelha que nasce, estás no rio que corre, estás em tudo que morre.
Estás em tudo que eu disse, estás na minha saudade, estás na minha velhice".