O secretário municipal de Esporte, Lazer, Cultura e Turismo, Tomás Salviano Martins, em entrevista concedida ao Jornal do Sudoeste, justificou a polêmica envolvendo a Secretaria que foi levantada em plenário da Câmara, nesta semana. O responsável por um projeto social que dá aulas gratuitas de Jiu-Jítso fez uso da tribuna na segunda-feira (29/5) onde disse que tinha sido notificado pelo secretário que não poderia mais utilizar o espaço para desenvolver o projeto. De acordo com o secretário, o impedimento foi devido aos professores não serem credenciados para a prática e que isso poderia acarretar sanções ao município.
Em plenário, o atleta e responsável pelo projeto, Weder Medeiros, havia dito que devido a algumas reclamações por falta de banheiro e água para as crianças, o secretário da pasta de Esportes teria notificado o professor que a Arena não poderia mais ser usada para o desenvolvimento do projeto social de Jiu-Jítsu. Chegou a mencionar que o secretário teria sido orientado pelo jurídico da Prefeitura, que teria alegado não ser conveniente a Prefeitura receber críticas nas redes sociais. Tomás negou essa informação.
De acordo com o secretário da pasta, o espaço foi cedido porque o responsável pelo projeto procurou a secretaria dizendo que não tinha mais um local para continuar com as aulas. "Cedemos esses espaço e o projeto continuou. Aconteceu que há cerca de 20 dias representantes do Conselho Regional de Educação Física vieram à cidade e eu tive que apresentar uma lista dos meus técnicos e todos tem que ter o cadastro porque do que contrário a Prefeitura é autuada", explica o secretário.
Tomás disse que devido à falta de credenciamento desses professores o município não mais poderia ajudar cedendo espaços para a realização desses projetos, para não correr riscos de ser penalizado. "Após a visita desses representantes eu descobri que esses professores não tinham graduação em Educação Física e que não poderiam dar aula, foi esse o motivo para barrar o uso do espaço para o projeto. Mas apesar disto, nunca deixamos de apoiar os atletas desta modalidade esportiva e sempre ajudamos, fosse com recursos financeiros ou transporte", destaca Tomás Martins.
O secretário justificou ainda a alegação de que teria sido orientado pelo jurídico para impedir projeto devido às criticas em redes sociais. "Não foi isso que aconteceu. Eu fui orientado pelo jurídico a consultar o Conselho Regional de Educação Física para ver se poderia ou não ter esse projeto sem um profissional", acrescenta o secretário. Tomás ainda explicou que o portão que estava sendo fechado na Arena foi por causa de ações criminosas. "Eu justifiquei isso ao vereador que fez esse questionamento na Câmara. Há usuários de drogas que tinham acesso ao Campão por aquele portão da Arena e levavam bicicletas, celulares e outros pertences de quem participava dos projetos da Prefeitura; então a própria Guarda Municipal orientou a trancar esse portão para dificultar essas ações", justificou.
O secretário voltou a reafirmar que não houve orientação do jurídico da Prefeitura para essas atitudes tomadas pela Secretaria de Esporte. "Não houve isso; tudo não passou de uma má colocação. O projeto não está saindo da Arena por causa de reclamação de mãe, é porque esses professores não são credenciados juntos ao Conselho Regional de Educação Física; se eles fossem formados não haveria problema algum e o espaço só está deixando de ser cedido por causa disto", informou o secretário.
Ainda, de acordo com o secretário, se acontecer do município ser penalizado por consequência dessas parcerias, a Secretaria ainda perde pontuação para projetos como ICMS Esportivo e leis de incentivo. "Tudo isso interfere. Caso esses professores cheguem até nós e apresente documentação como credenciamento junto o Conselho Regional de Educação Física, isso pode ser revisto sem problema algum.
A Arena é um espaço para ser utilizado, desde que seja adequadamente", completa o secretário.