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Maurício Mafra: um empresário erguido pela dedicação e responsabilidade

Por: João Oliveira | Categoria: Cidades | 04-06-2017 23:06 | 1889
Maurício Mafra, empresário e presidente do Sicoob Paraísocred
Maurício Mafra, empresário e presidente do Sicoob Paraísocred Foto: João Oliveira/Jornal do Sudoeste

O empresário e presidente do Sicoob Paraísocred, Maurício Mafra, de 56 anos, é um profissional dedicado naquilo que faz. É com orgulho que ela fala  um pouco do seu trajeto e da família. Casado há  com Fernanda Maria Aparecida Marquezi Mafra há quase trinta anos, pai do Eduardo, de 23 anos e Mariana Marquezi Mafra, de 18, é filho de Salvador Mafra, de 92 anos e Jamile Abdu Mafra, já falecida. Maurício destaca que teve uma vida repleta de realizações e muito aprendizado, tendo aprendido como o pai e o tio, Rui Mafra, os caminhos para ter se tornando o empresário de renome e sucesso que ele é hoje.




Jornal do Sudoeste: Você passou a vida toda em Paraíso?
Maurício Mafra: Sim. Nasci e fui criado aqui em São Sebastião do Paraíso. Estudei no Coronel José Cândido e depois no Paraisense, onde fiz na época um curso técnico de contabilidade. Eu tenho dois irmãos mais velhos, a Eliana Mafra Lauria, e o Salvado Mafra Filho. Minha infância foi bem tranquila, muito divertida e muito unida. Meu irmão saiu muito cedo de casa para estudar, ele foi fazer Engenharia em Ouro Preto e minha irmã fez faculdade de Filosofia em Passos.




Jornal do Sudoeste: Você tem boas recordações da infância aqui em Paraíso?
Maurício Mafra: Eu tenho diversas lembranças dessa época, como do cinema, do carnaval de Paraíso, do Clube Paraisense onde frequentávamos, das brincadeiras, do campinho de futebol no Gedor Silveira, da Praça João José e do Largo Santo Antônio, foi ali que foi a minha infância. Também tenho boas recordações da estação de trem da antiga Mogiana. Minha adolescência também foi bem tranquila. Fiquei em Paraíso até os 20 anos.




Jornal do Sudoeste: E por que decidiu ir embora?
Maurício Mafra: Eu fui morar em Ribeirão Preto, onde tinha começado a fazer faculdade de Administração, mas não cheguei a concluir. Trabalhei no antigo Banco Auxiliar, que hoje já não existe mais e depois de três anos voltei para Paraíso. Meu pai, junto com o meu tio Rui Mafra, eram sócios-proprietários da Especialista Sanitária. Naquele tempo meu pai, que já tinha uma certa idade, me chamou para dar continuidade na empresa no seu lugar.




Jornal do Sudoeste: E o que você fez depois disso?
Maurício Mafra: Trabalhei com meu tio que depois saiu da sociedade e fiquei lá até 1998; o meu irmão, que até então era engenheiro em Juiz de Fora, ficou na Especialista e eu fundei a Especialista Tintas, que hoje é a Mafra Tintas, ainda em 1998, que este ano completa 19 anos. Em 2012 eu abri uma filial da Mafra Tintas em Passos, que o Eduardo, meu filho, gerencia e toma conta, e estamos muito satisfeitos.




Jornal do Sudoeste: E é uma empreitada muito difícil ser empresário?
Jornal do Sudoeste: Eu diria que hoje está até mais difícil fazer uma boa gestão, o empresariado é uma classe que também sofre muito, são muito encargos, a competitividade é muito grande e com margens baixíssimas. Mas eu procuro estar muito com os pés no chão, procurando estudar, procurando entender e sabe a evolução do mercado, tendências e sempre me mantendo atualizado. O cargo na Paraísocred me ajudou bastante também, porque fiquei conhecendo outros caminhos, participando de muitos treinamentos. Então eu considero que meu sucesso se dá muito ao esforço e a esse entrelaçamento da área financeira, o qual eu tive oportunidade sendo presidente do Sicoob, e também esse lado empresarial que eu já tinha e vem me ajudando aqui na presidência da cooperativa.




Jornal do Sudoeste: Como começou sua história com o Sicoob Paraísocred?
Maurício Mafra: Entre 2004 e 2005 eu fui convidado para ser conselheiro fiscal aqui na Paraísocred; depois passei ao conselho de administração e, em 2006, fui convidado pelo saudados amigo Armando Anacleto Queiroz para assumir a vaga dele na presidência da cooperativa. Eu aceitei esse desafio, com ajuda dele, e estou aqui até hoje. 




Jornal do Sudoeste: É muita responsabilidade?
Maurício Mafra: Sim. Quando falamos em responsabilidade, evidentemente falamos da responsabilidade civil e criminal, porque os diretores de uma cooperativa são colocados nesse aspecto, em qualquer situação de desconformidade, respondem primeiro criminalmente com os próprios bens. É uma responsabilidade muito grande porque a cooperativa é do associado. Nós temos cerca de três mil associados os quais eu represento e estou olhando para o bem da cooperativa e desses clientes. É algo que às vezes acaba sendo mais difícil porque uma decisão na minha empresa, por exemplo, cabe a mim, inclusive as consequências; já aqui, na presidência da cooperativa, não. Uma decisão tem que ser muito bem analisada, e é por isso que eu tenho um conselho muito atuante, dos quais fazem parte o Paulo Picirilo, a Vilma Mião, o Marco Antônio Pelúcio e a Maria Aparecida da Silva Bícego. São pessoas que me ajudam na divisão das decisões. Esse conselho traça as diretrizes e rumos da cooperativa, e é um trabalho de muita responsabilidade porque qualquer decisão tomada de forma errada pode trazer consequências, como na própria empresa e em qualquer situação da vida da gente.




Jornal do Sudoeste: E a cooperativa tem se desenvolvido bem...
Maurício Mafra: Sim. A Paraísocred faz em 2017,  21 anos. Nesse tempo a cooperativa, nos últimos cinco anos, já abriu um ponto de atendimento, que chamamos de PA, na Zezé Amaral e há nove meses em Alfenas, e estamos muito felizes com isso. E para esse ano iremos abri um PA em Varginha. A cooperativa está desenvolvendo e crescendo. Felizmente, dentro das possibilidades e das condições que o país tem oferecido não há do que se reclamar. 




Jornal do Sudoeste: Quais as vantagens de se cooperar?
Maurício Mafra: São muitas. As cooperativas de créditos são fiscalizadas e acompanhadas pelo Banco Central. Uma cooperativa de crédito é diferente de uma cooperativa de consumo. Nós somos auditados quatro vezes por ano pelo Banco Central, in loco, e nós temos uma central que, por sua vez, também é supervisionada pelo Banco Central. Essa Central é a Cecremge, que nos dá todo o respaldo. A vantagem é que o associado é dono da cooperativa e a Paraísocred, felizmente, tem todos os anos gerado o que chamamos de “sobras” e rateado entre os cooperados, que todo ano leva uma bonificação. Sem contar que a cooperativa é da cidade, investe no município, a acessibilidade aos diretores e a agência é mais fácil; as taxas são muito competitivas se comparadas aos bancos tradicionais e as pessoas ficarão bem surpresas se analisarem, é uma surpresa agradável. Além do atendimento e liberações que são muito mais ágeis.




Jornal do Sudoeste: Você orienta essa adesão à cooperativa?
Maurício Mafra: Sim. Inclusive eu faço um apelo para que as pessoas venham conhecer a cooperativa ou deixem a cooperativa ir até ao seu negócio para que possamos mostrar todos os serviços que oferecemos. Temos todos os produtos como maquininha de cartão de crédito e débito, seguros, consórcios entre outros. As cooperativas têm as mesmas garantias dos bancos, ou seja, o cliente tem a mesma segurança de uma instituição tradicional para as cooperativas de créditos, que então entre os maiores poderes financeiros do país, ou seja, as cooperativas têm crescido muito. Enfim, as vantagens são muitas e o cliente é o dono.




Jornal do Sudoeste: Como você avalia Paraíso hoje, depois de tudo o que o município já passou?
Maurício Mafra: Todas as cidades passam por dificuldades. Paraíso é uma cidade muito próspera muito boa, tem uma localização privilegiada. A qualidade de vida é muito boa, e o cidadão é muito bom e trabalhador. Às vezes, eu vejo com mais preocupação essa diferença de tributação entre Minas e São Paulo, e isso falando mais como empresário. Recentemente vi que a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou mais um aumento de imposto para os mineiros em alguns produtos como, por exemplo, o combustível, que se já existia uma diferença muito grande de preço entre os estados, vai ficar ainda mais cara. Mesmo diante dessa dificuldade, eu acredito na nossa cidade, que cresceu muito. Tivemos alguns problemas, mas vamos superar, assim como o resto do país.




Jornal do Sudoeste: Passados esses 56 aos, qual o balanço que você faz da sua vida?
Maurício Mafra: Eu sou uma pessoa muito privilegiada. Tive uma boa educação, aprendi a ser um empresário com o meu pai, com o meu tio; tenho irmãos os quais eu prezo muito, que são pessoas muito boas. Tenho uma esposa maravilhosa que me ajudou muito nesses mais de 30 anos que nos conhecemos e também tivemos filhos maravilhosos. Eu tenho prazer naquilo que faço, tanto na minha empresa quando aqui na Sicoob Paraísocred; graças a Deus, até hoje eu tive muito mais prazeres que desprazeres e hoje me sinto realizado pessoal e profissionalmente.