Realizado em 5 de julho no anfiteatro do Colégio Paula Frassinetti, a Academia Paraisense de Cultura – APC- homenageou nossos escritores de ontem e de hoje.
O tema da festa, “Literatura e Cinema”, idealizado pela presidente Acadêmica Maria Rita de Cássia Preto Miranda, deu um glamour especial à noite. Grandes cartazes de filmes famosos enfeitaram o palco, e trazendo lembranças queridas do Cine São Sebastião. A presidente abriu a solenidade fazendo seu pronunciamento.
“Com o tema deste ano “Literatura e Cinema” abrangemos a chamada sétima arte. O cinema surgiu na segunda metade do século XIX, na França, enquanto a fotografia já havia sido inventada na primeira metade deste mesmo século. Um não podia existir sem a outra.
Ao longo de sua história, o cinema passou por fases distintas, desde o cinema mudo, preto e branco apresentado em telas menores, em películas, que às vezes arrebentavam durante o filme, até o cinema colorido, na telona e digital. Passou também por fases áureas, teve seu tempo de declínio e de uns tempos para cá recupera seu status.
Esta é a arte considerada a mais completa, por abranger diversas outras: o teatro quando os atores assumem a identidade dos personagens; a música e a dança que dão beleza e vida às cenas; a fotografia e a literatura, pois sem uma boa história não há um bom filme.
Hoje falaremos a sinopse e lembraremos temas de filmes que atravessaram o tempo. O nosso propósito é mostrar que a arte, mesmo depois de muitos anos, permanece viva e que a boa arte atual também ultrapassará o tempo.
“Love is a many splendored thing”, “É tão sublime o amor”. Esta música que tem a letra de Paul Francis e melodia de Sammy Fain, ganhou o prêmio de melhor canção original em 1955 e é tema do filme do mesmo nome, trazido para o Brasil com o título de “Suplício de uma saudade”. Conta o romance de um jornalista americano com luma jornalista eurasiana, que foram protagonizados por Willian Holden e Jennifer Jones.
Quando tínhamos em nossa cidade o Cine São Sebastião, que os de mais idade certamente se lembram e ouvíamos a música “Love is a many splendored thing”, sabíamos que a sessão ia começar”, disse a Acadêmica Maria Rita de Cássia Preto Miranda.
ESCRITOR PARAISENSE HOMENAGEADO
Acadêmico Dr. Sebastião Pimenta Filho
Dentista por profissão. Artista das letras por opção. Este ano foi homenageado uma pessoa que na simplicidade, através da literatura, fala alto por meio de suas crônicas e contos. A leitura da biografia do homenageado foi pelo Acadêmico Dr. Luiz Ferreira Calafiori. A Acadêmica Pascoalina Coelho Souza leu um texto do escritor homenageado, e cartão símbolo da homenagem foi entregue ao Acadêmico Sebastião Pimenta Filho pelo Acadêmico Dr. Olavo Borges.
Após a parte oficial seguiu-se a parte artística. Acadêmicos leram noticiários de jornais da época sobre filmes maravilhosos e músicas que encantaram o mundo que foram interpretadas pelos nossos acadêmicos
HOMENAGEM PÓSTUMA
Dentre tantos escritores paraisenses que já partiram, queremos que suas memórias não se apaguem jamais, salientou a presidente da APC. Este ano foi homenageada a poetisa Edmée do Amaral Dias Gonçalves. Sua biografia foi lida pela Acadêmica Dra. Henriette Brigagão Alcâncatara Santos. A Acadêmica Francisca Borges Cunha Zanin declamou bela poesia da homenageada. A Acadêmica Conceição Borges Ferreira entregou cartão símbolo da homenagem ao Acadêmico Dr. Sebastião Pimenta para posterior entrega à família da homenageada.
PARTE ARTÍSTICA
Na abertura da parte musical, “Love is a many splenderod thing” foi interpretada ao piano pela acadêmica Edyna Maldi Borges, acompanhada pelo também acadêmico Nelson Duarte (bateria) e Artur Henri-que (baixolão).
O Acadêmico Rynaldo For-maggio Filho lembrou que em 1996 foi lançado o filme “Dio come ti amo” que teve como protagonistas Gibliola Cinquetti e Mark Daomon. Uma produção romântica hispanoitaliana que arrancou muitos suspiros das mocinhas da década de 60. No filme Gigliola interpreta a música de Domenico Modugno que tem o mesmo nome do filme, e foi lembrada na voz da Acadêmica Roselina Draqmis Soares Tubaldini.
A Acadêmica Bernadete Aparecida Aguiar discorreu sobre o filme “Tender is the nigth” “Suave é a noite”, de 1962 que teve como protagonistas Jennifer Jones e Jason Robands. Filme romântico baseado na novela do mesmo nome, de F. Scott Fitzgerald. A música tema do filme ganhou o Oscar na categoria de melhor canção original. Suave é a noite foi lembrada com interpretação da Acadêmica Mirian Lauria Mantovani, voz e piano.
O filme “The Goodfather”, em português “O Poderoso Chefão”, filme lançado em 1972 baseado no livro de Mario Puzo que tem o mesmo título do filme. Conta a história de uma família mafiosa e foi brilhantemente estrelado por Marlon Branco e Al Pacino. Um de seus temas, “Speak softly Love”, “Fale baixinho” foi cantado pelo grupo Paraíso em Seresta, integrado pelas Acadêmicas Honorárias, Angela Pascoal Cardoso, Sílvia Pessoa, Acadêmico Honorário Guelfo Colombo Neto, Acadêmico Nelson de Paula Duarte e Artur Henrique Cardoso.
O Acadêmico Dr. Ailton Rocha Sillos discorreu sobre o filme “The Eddy Duchin Store”, apresentado no Brasil como o nome de “Melodia Imortal”, filme lançado em 1956 baseado na vida do pianista norte-americano Eddy Duchin. Tyrone Power e Kim Novak são os protagonistas. Foi embalado pela música de Frederic Chopin, “Noturno”, que na solenidade em homenagem ao Escritor Paraisense foi interpretada ao piano a quatro mãos pelas Acadêmicas, Mirian Lauria Mantovani e Maria Ofélia Tubaldini Scarano.
“Beauty na de Best”, “A bela e a fera”, filme baseado no clássico de Walt Disney, teve sua primeira versão em 1991 quando foi indicado para o Oscar de melhor filme. Volta às telas em 2017 em nova versão. Estrelado por Emma Watson (Bela) e Dan Stevens (Fera). A música homônima do filme, composição de Alan Menken foi cantada por alunos do Projeto Canção em Ação, dirigidos e acompanhados ao piano pelo Acadêmico Alexandre Cavallero.
Coube ao Acadêmico Eva-risto Souza Scarano rememo-rar o filme “O Guarda Costas”, estrelado por Kevin Costner e Witney Houston. “The Bod-guard”, de 1992, filme policial que conta a história de um guarda costas contratado para proteger uma bela e temperamental atriz e cantora de Hollywood. Recebeu o prêmio Grammy. A música cantada pela própria atriz “I will always Love you”, composição de Dolly Parton foi lembrada na voz de Denise Gonzaga.
O Acadêmico Abaetê Ary Graziano falou sobre o filme “Lisbela e o Prioneiro”, lançado em agosto de 2003, comédia romântica. Conta a história de um viajante vigarista, interpretado por Selton Mello, que rouba o coração de uma jovem que já estava de casamento marcado, protagonizada por Débora Falabella. Foi baseado no livro de Osman lLins que leva o mesmo nome do filme. “Você não me ensinou a te esquecer”, tema de Lisbela e Leléu é uma música de autoria de Fernando Mendes que foi interpretada no filme, por Caetano Veloso, e na noite de homenagem, na voz dos Acadêmicos Honorários, André Cruvinel e Markus Vina.
A Acadêmica Dalila Mirhib Cruvinel lembrou que, recentemente, em novembro de 2016, foi levado ao cinema um drama, obra biográfica da cantora Elis Regina, que conta a trajetória de sua vida. Andreia Horta que interpreta Elis, ganhou no Festival de gramado, pelo júri popular, como melhor atriz. Dentre tantas músicas interpretadas pela cantora, foi escolhida para solenidade de homenagem ao Escritor Parai-sense, “Como nossos país”, composição de Belchior, interpretada pela Acadêmica Honorária Ziara Clementoni.
O Acadêmico Dr. Luiz Ferreira Calafiori falou sobre composição do mineiro Ary Barroso em 1939, “Aquarela do Brasil”. Uma das mais populares canções brasileiras de todos os tempos. Foi gravada pela primeira vez por Francisco Alves, e posteriormente por muitos outros intérpretes, como no filme “Melodia Imortal”, por Tyrone Power, ao piano. Foi apresentada em canto coral por integrantes da APC.
Foi uma noite gloriosa a festa do Escritor Paraisense.