AGRONEGÓCIOS

Café: Bolsa de Nova York fecha semana com alta de cerca de 1,7% e vencimentos acima de US$ 1,40/lb

Por: Redação | Categoria: Agricultura | 05-08-2017 09:08 | 1800
Foto: Reprodução

O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fechou a semana, mais uma vez, com cotações cerca de 1,7% mais altas e acima do patamar de US$ 1,40 por libra-peso, apesar do fechamento do lado vermelho da tabela na sessão desta sexta-feira (4). Nos últimos dias, o câmbio, fatores técnicos e, principalmente, a preocupação com a safra brasileira 2017/18 seguiram no radar dos operadores.
No mercado interno, os produtores seguem distantes do mercado spot e cumprindo compromissos futuros, mantendo a liquidez baixa nas praças de comercialização. (Veja mais informações abaixo)
Nesta sexta-feira, o contrato setembro/17 fechou a sessão cotado a 140,15 cents/lb com queda de 5 pontos, o dezembro/17, referência de mercado, registrou 143,70 cents/lb com recuo de 10 pontos. Já o vencimento março/18 encerrou o dia com 147,25 cents/lb e também desvalorização de 10 pontos e o maio/18, mais distante, caiu 10 pontos, fechando a 149,50 cents/lb. O mercado fechou praticamente estável na sessão, mas chegou a subir em parte do dia com os operadores preocupados com o abastecimento do grão no mundo. “ É provável que as exportações mais baixas do Brasil apertem os suprimentos no mercado global”, disse o banco ING em uma nota, acrescentando que as exportações do maior produtor mundial atingiram mínimas de 12 anos em julho.
A consultoria Safras & Mercado divulgou na quinta-feira (3) que a colheita de café da safra 2017/18 do Brasil estava em 80% até dia 1º de agosto. Levando em conta a estimativa da consultoria de produção de 51,1 milhões de sacas de 60 kg, já foram colhidas 40,74 milhões de sacas.
“Produtores de arábica aumentam o tom de preocupação com a quebra de safra, baseado no avanço do beneficiamento e do alto percentual de perdas com a renda. A queixa é com a safra miúda, especialmente no Sul e Cerrado de Minas e no estado de São Paulo”, afirma. A broca também ganha destaque negativo em algumas regiões”, disse o analista da Safras & Mercado, Gil Carlos Barabach.
Os temores com a safra do Brasil foram constantes durante a semana. “Há certa preocupação sobre possíveis problemas climáticos e preocupações sobre a qualidade da colheita do Brasil”, disse à agência de notícias Reuters a analista de mercado e presidente da J. Ganes Consulting, Judith Ganes-Chase. Esses temores do mercado com a safra já repercutem desde a semana passada, com relatos de casos de broca em importantes regiões produtoras.
Também com quase 80% da safra colhida, a Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), apenas 50% da meta aguardada para este ano foi recebido. Muitos grãos vêm se apresentando com tamanho pequeno, apesar de uma boa qualidade da bebida, segundo o presidente da cooperativa, Carlos Paulino. A Cooxupé espera receber 4,26 milhões de sacas nesta safra. 
(Notícias Agrícolas 04/08/17)