CAFÉ

Clima no Brasil preocupa investidores e café sobe mais de 300 pontos em Nova York

Por: Redação | Categoria: Agricultura | 13-09-2017 06:09 | 1657
Foto: Reprodução

O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US) subiu mais de 300 pontos nesta terça-feira (12), a medida em que os operadores assimilam melhor as condições das lavouras brasileiras que vão produzir na safra 2018/19. Com esse avanço, os vencimentos mais distantes no mercado já estão próximos do patamar de US$ 1,40 por libra-peso. O mercado brasileiro também avançou com suporte dessa alta externa.
O contrato setembro/17 fechou a sessão de hoje cotado a 133,80 cents/lb com valorização de 320 pontos, o dezembro/17 registrou 135,05 cents/lb com avanço de 320 pontos. Já o vencimento março/17 encerrou o dia com 138,50 cents/lb e valorização de 315 pontos e o maio/18, mais distante, subiu 315 pontos, fechando a 140,85 cents/lb.
Após repercutir levemente na semana passada as condições das lavouras no Brasil, os operadores externos passaram a acompanhar com maior atenção essa condição. Afinal, existia a expectativa de que a safra 2018/19 do Brasil poderia ter produção recorde. "As preocupações contínuas com o clima mais seco do que o normal no Brasil elevaram os preços", disse à Reuters Judith Ganes, presidente da J. Ganes Consulting.
Mapas climáticos dos principais institutos meteorológicos apontam que o clima deve continuar quente e seco na maioria das áreas produtoras do Brasil nesta semana. Há somente chances de chuvas fracas no Norte do Espírito Santo e na Bahia, com a umidade que vem do mar.  "Precipitação abaixo do normal são esperadas na maior parte do cinturão de café nos próximos seis a dez dias", disse o MDA Information Systems em relatório diário.
"Isso não vai ajudar o café a florescer. A safra recorde que deveríamos ter no próximo ano pode não ser tão grande como pensávamos", complementou o analista de mercado e sócio-gerente da NickJen Capital, em Nova York, Nick Gentile.
O avanço do petróleo no mercado internacional também contribui para os ganhos no mercado, segundo agências de notícias financeiras. O barril trabalha com cerca de US$ 48. 
(Notícias Agrícolas)