Aventura e criatividade no céu

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 21-07-2002 00:00 | 1124
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O pára-quedismo é uma prática esportiva apreciada por jovens e aventureiros de todas as idades. Em Paraíso, não existem previsões de cursos ou apresentações ao público. A maior dificuldade segundo, Walace Coutinho Mancini, pára-quedista que já se apresentou com sua equipe anteriormente na cidade, é o transporte do equipamento de Americana, Estado de São Paulo até o aeroporto local. Menciona, ainda, a falta de apoio por parte de proprietários de aeronaves. Contudo, o céu do município pode contar com a criatividade dos curiosos girocópteros, antecessores dos helicópteros atuais. 
Mancini, formado pela Associação Desportiva Militar de Americana, há dezesseis anos, comenta as necessidades e pré-requisitos básicos aos interessados na prática do pára-quedismo. "Para saltar é necessário ter mais de quinze anos ou a autorização do responsável, além do curso teórico de doze horas. Também é importante boas condições do local como ausência de obstáculos (lagos, árvores, fiação elétrica, etc) e a velocidade do vento inferior a dezoito nós ".
Residente em Guaxupé, Mancini e sua equipe já fizeram inúmeras apresentações em Paraíso, sendo a mais recente em 2001, no Estádio "Dr. Joaquim Ferreira Gonçalves" o 1º de Maio, em meio às festividades do Dia do Trabalhador. "Fomos muito bem recebidos pelos paraisenses. Gostaríamos muito de realizar saltos noturnos ainda este ano no novo aeroporto. O único problema é a dificuldade do transporte do equipamento até a cidade", ressaltou.
Mancini espera contar com a colaboração dos aviadores, proprietários de aeronaves e de autoridades paraisenses na iniciativa de incentivo ao pára-quedismo. "Estamos com saudades. É só nos convidar que iremos com o maior prazer até São Sebastião do Paraíso", salientou.

NOS CÉUS DA REGIÃO

O espaço aéreo sobre Paraíso, no entanto, é utilizado por outro meio de transporte, nem sempre identificado à primeira vista. Quem o vê, não imagina a longa história que possui. O comerciante Francisco Donizete da Silva, dono de dois girocópteros há mais de dez anos, revela que eles foram criados no período anterior à Segunda Guerra Mundial. "Foi a partir deles que tiveram início os projetos dos atuais helicópteros ", afirmou. 
Chico, como é conhecido na cidade, proprietário de uma casa de lanches, utiliza os girocópteros para fazer fotos panorâmicas de Paraíso. Mais recentemente, tem feito apresentações aéreas comemorativas em cidades como Guaxupé, Batatais, São João da Boa Vista e Poços de Caldas. "Pretendo levar o girocóptero pelo Brasil inteiro ", comenta o aviador, que já levou um deles até o litoral do Espírito Santo. 
"Para os aventureiros e curiosos, o pára-quedismo e os girocópteros são promessa de divertimento e adrenalina garantida", concluiu Chico.
Elezângela Aparecida de Oliveira -P.A.J.