A Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso, Cooparaiso, inaugurou na manhã de sexta-feira, 23, o seu novo sistema de estocagem nos armazéns de certificação e também uma nova balança para o setor. Estiveram presentes diretores e cooperados, o assessor do Ministério da Fazenda, Gerardo Fontonelles, o diretor de agronegócios do Banco do Brasil, Biramar Nunes de Lima, o presidente do Instituto Mineiro de Agricultura -IMA, Célio Gomes Floriane e o presidente do Conselho Nacional do Café -CNC, Oswaldo Henrique Paiva Ribeiro, além de prefeitos e representantes de cooperativas da região.
Com 42 anos de existência, a Cooparaiso abrange 32 municípios quadro associativo em torno de 3.200 cooperados. Na atual safra, a expectativa é de que irá movimentar 2 milhões e 200 mil sacas de café. Acompanhando os mais modernos sistemas de armazenamentos, a área de recepção e expedição passa a contar com uma moderna balança com 21 metros de comprimento, adequada para pesar containers conjugados e com capacidade para até 80 toneladas.
Desde a recepção do produto, os processos são totalmente informatizados contando com modernos softwares, o que, segundo diretores da Cooperativa, garante total segurança e controle no processamento de pesagem e armazenamento. Todos os armazéns foram projetados de modo a preservar a qualidade dos cafés armazenados. Além disso, a Cooparaiso desenvolveu um sistema de controle de empilhamento e movimentação dentro de seus armazéns.
O deputado federal e ex-ministro do Esporte e Turismo, Carlos Melles, presidente do Conselho de Administração da Cooparaiso diz que a nova balança foi construída para dar conforto ao produtor. "Essa é a retomada do sistema de convênio e credenciamento de armazéns para que possa receber cafés certificados e financiados. Sobretudo pelo Banco do Brasil", comenta, dizendo que sem o BB, a Cooperativa não estaria onde está hoje.
Melles diz ainda que esse momento hora iniciado é histórico para a cafeicultura, e acredita em sua continuidade. "Nos últimos quatro meses não se podia falar de preço mínimo de garantia e nem em opções de vendas do café, mecanismos fundamentais para a política do setor", comenta, enfatizando que o produto está retomando um bom caminho.
A diretora financeira da Cooparaiso, Cecília Marcolini fala que é preciso melhorar a qualidade de vida do produtor rural e para isso, deve agregar valores ao produto. "Desde 94, com o programa de renovação da cafeicultura é que temos procurado buscar essa excelência. E hoje estamos vendo um sonho realizado, que é o primeiro certificado de origem do produtor rural. Temos uma divisão de cafés especiais", conta, acrescentando que sem o desenvolvimento tecnológico que antecedeu isso, seria impossível começar a fazer lotes de produtos comerciais para conquistar os mercados e somar valores.
Cafeicultores assinam Programa de Revitalização
Cooperados da Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraiso - Cooparaiso, assinaram na sexta-feira, 23, contratos relativos ao Programa de Revitalização das Cooperativas, o RECOOP. Esse programa, com recursos repassados pelo Banco do Brasil, financia o café para estocagem no valor de R$94,00 a saca para o cafeicultor. "Esse é o mais alto valor que tivemos em financiamento de estocagem", garante o deputado federal e presidente do Conselho de Administração da Cooparaiso, Carlos Melles.
Biramar Nunes de Lima, diretor de Agronegócios do Banco do Brasil disse que o RECOOP nasceu em um momento difícil da cafeicultura, quando ele e Melles falavam em financiamento. "Conversando, chegamos à conclusão que isso não resolveria, necessitávamos de um programa para fortalecer as cooperativas", comenta.
Lima acrescenta que, por intermédio do BB, nos caixa das cooperativas já estão depositados R$ 1.350 bilhão com juros de 9,5% ao ano. N.B.