Diretores de cooperativas de créditos mútuos da região estiveram reunidos quinta-feira,12, em São Sebastião do Paraíso, evento sediado pela Paraisocred. Dele participou o presidente da Central das Cooperativas de Economia e Crédito Mútuo do Estado de Minas Gerais, Cecremge , Luiz Gonzaga Viana Lage.
Segundo Armando Anacleto, presidente da ParaisoCred, essa reunião teve por principal objetivo, trocar idéias, ver produtos novos e saber a situação da Cecremge. "O Luiz trouxe o macro e nós transferimos o micro para ele", comenta, quando conta que isso torna forte o movimento.
Este é um evento que a central realiza duas vezes por ano em cada região. Em São Sebastião do Paraíso, é a primeira reunião do gênero que acontece. "Nós criamos no Sul de Minas, um grupo de 14 cooperativas onde, mensalmente fazemos um contato para discutir o nosso dia-a-dia, para melhorarmos a nossa qualidade", explica Armando, quando diz que a cooperativa fechou um acordo com o Sebrae-MG para a implantação da qualidade total na empresa. "Já temos dois funcionários sendo treinados e esperando que, dentro de um ano e meio esse programa seja implantado", prevê.
Existente há oito anos, a Cecremge começou com apenas 35 cooperativas e agora conta com 134. "Não estamos difundindo a criação de cooperativismo, procuramos segmentar as regiões", diz, contando que se alguma cooperativa quiser abrir uma linha de campo em uma cidade próxima, pode criar um posto ligado a ela. "Assim ganhamos escala, pois teremos mais pessoas participando, sem aumentar o número de cooperativas", fala, contando que o Bancoob, é o sexto banco em número de agências do Brasil, e o 20º em movimentação financeira.
MUDANÇAS
De acordo com Armando Anacleto, a meta da ParaísoCred é crescer. "Para isso estamos fazendo um estudo de mudanças de estatutos para facilitar o aumento do número de cooperados", conta, salientando que com isso será dado um passo muito grande em direção a esse crescimento almejado.
O diretor diz que posteriormente serão avaliadas as cidades circunvizinhas, aquelas que têm carência de um serviço bancário adequado e talvez sejam criados postos de atendimento.
Cooperar é a melhor solução
Cooperativa de crédito, conforme conta, funciona como uma instituição financeira. "A vantagem é que o cooperado estará à frente de um negócio que é dele", explica, contando que elas são operadas como rede bancária convencional. "Ele pode, a qualquer momento, ir à cooperativa, verificar as contas e cobrar do diretor".
Além disso, no final do exercício, quando o balanço é encerrado, há uma partilha proporcional dos lucros. "Além de ter crédito fácil, sem burocracia e com uma taxa bem menor do que uma rede convencional de bancos", fala.
Lage diz também que a maior dificuldade enfrentada pelas cooperativas de crédito é que o brasileiro não tem a concepção cooperativista. "Temos somente 138 mil, onde poderíamos ter um terço da população mineira", conclui.
Nádia Bícego