Depois de participar de uma reunião ordinária na Associação Mineira de Municípios (AMM) o prefeito Walker Américo de Oliveira, de São Sebastião do Paraíso confirmou a adesão à paralisação das prefeituras de Minas Gerais, na próxima terça-feira, 21. Além da paralisação das atividades, ficou definido também que na mesma data os prefeitos mineiros farão uma mobilização com carreata em Belo Horizonte. O objetivo principal é mostrar a toda população o que o Governo vem fazendo com os municípios, retendo recursos da Educação, Saúde e Assistência Social, prejudicando os cidadãos que precisam dos serviços oferecidos pelas Prefeituras.
Segundo o prefeito, a situação criada pela falta de comprometimento do Governo do Estado é insustentável. Por isso, ficou deliberado entre os prefeitos, que no dia 21 de agosto as Prefeituras irão paralisar em protesto à dívida, em especial a do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O Governo do Estado já estava deixando de pagar os seus servidores da Educação em dia e agora está fazendo isto com os municípios, que não estão tendo recursos para pagar os profissionais da área que atuam na rede municipal.
Na apresentação que fez aos educadores e onde estavam presentes representantes da direção do Sindicado dos Servidores Públicos Municipais (Sempre), diretores da rede municipal, perueiros que fazem o transporte escolar e com representantes do Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do Fundeb foi pontuado que a dívida total do Estado com município ultrapassa R$ 17 milhões. Walker afirmou que a Prefeitura está tomando todas as medidas cabíveis para cobrança dos recursos do Fundeb devidos (Confira matéria sobre este assunto nesta edição).
Para o presidente da AMM, 1º vice-presidente da CNM e prefeito de Moema, Julvan Lacerda, o papel da entidade está sendo cumprido ao defender os municípios mineiros. "O governo está inviabilizando a educação básica nos municípios. Os recursos que não estão chegando são usados para o pagamento de profissionais da educação, professores e outras despesas de manutenção e desenvolvimento. Isso, somado ao não repasse do transporte escolar, e a outros atrasos, mostra a falta de compromisso do Estado com os cidadãos mineiros. Só estamos cobrando o que é de direito dos munícipes", defende.