Coutinho, que se notabilizou como jogador de futebol em memoráveis “tabelinhas” com Pelé e fez parte do quarteto ofensivo mais artilheiro da história do Santos F.C, morreu na noite de segunda-feira (11). Antônio Wilson Vieira Honório, seu nome de registro, era natural de Piracicaba e completaria 76 anos no dia 12 de junho. Meados de 1985 ele foi técnico da Associação Atlética Paraisense, quando a equipe disputava a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro.
Em 28 de agosto de 1985 na primeira edição do Jornal do Sudoeste, foi publicada matéria sobre partida realizada no Estádio Comendador João Alves, em que a A.A. Paraisense foi derrotada pelo Clube Esportivo de Futebol, de Passos, por 2 a 0. O técnico era Coutinho que reconheceu o mérito da vitória da equipe passense, mas saiu bronqueado com a torcida da Mais Querida.
Coutinho que se hospedava no Hotel Cosini, saiu do estádio após a partida com a intenção de entregar o cargo de treinador. “Acho que a gente deve ser respeitado, e senti que não fui”, disse ao “JS”, queixando-se da torcida. “O pessoal de Passos veio aqui para apoiar. Por que os torcedores daqui ficam achincalhando”, questionou.
Nas duas partidas seguintes, também válidas pelo Campeonato Mineiro, a A.A.P. venceu o Pouso Alegre e o Boa Esperança, mas voltou a perder em casa para a Esportiva de Guaxupé, por 2 a 1.
Na segunda quinzena de setembro Coutinho foi comunicado pelo então presidente da AAP, Antonino Amorim, a rescisão de seu contrato. “Penso que minha saída se deve à torcida, não à diretoria”, disse ele
“Da cidade em si, nenhuma mágoa. Vou para casa, outro dia volto, deixo muitos amigos”, salientou. Mas Coutinho não mais voltou a Paraíso.
Coutinho foi o terceiro maior artilheiro do Santos FC, com 368 gols em 457 partidas.