Imigração ilegal
Visitei a Europa pela primeira vez em 2010 e desde logo me deparei com algo preocupante: continente rico e sem fronteiras. Entra quem quer, fica quem quer, (sub) empregos a vontade para imigrantes ilegais. Vi que ia dar merda, e deu. Hoje a Europa é um caldo cultural com crises econômicas sucessivas, caos na imigração com reflexos na empregabilidade de cidadãos natos, imigrantes legais e ilegais. Africanos chegam pelo mar, muçulmanos dizem-se refugiados políticos de guerras que eles mesmos causaram, sul americanos vêm por motivos econômicos, mas o resultado é um só: ao invés de resolverem seus problemas no velho continente, trazem os problemas de origem para colapsar o primeiro mundo – isto porque não tem as oportunidades que buscaram, são discriminados, não estão acostumados a conviver com outras culturas – o choque cultural não lhes permite adquirir aquilo que é indispensável a todo imigrante: o “pertencimento”, sentir-se um local, adotar a nova pátria e ser tratado como um cidadão dela.
Agora a bronca é nos EUA
Trump fechou as fronteiras e prendeu para evitar hordas de imigrantes ilegais, que o jornal da TV acha “bonitinhos”, gente humilde procurando novos rumos pra vida. Tenho pena deles também, mas o recado é o mesmo, aprendido tardiamente e a duras penas por governos europeus: eles chegarão, não resolverão sua miséria e ainda vão superlotar sistemas de saúde do país que irá abriga-los, aguçar confrontos culturais e ideológicos, provocar e causar racismo, destruir a empregabilidade interna americana, como aconteceu na Europa.
A tragédia dos afogados
Lembram-se daquelas imagens de crianças afogadas nas praias do sul da Itália? Que marcaram época e causaram comiseração mundial? Eu mesmo já chorei por aqui em homenagem as balsas com imigrantes são impedidas de atracar em portos italianos e gregos pelas respectivas guardas costeiras. Para dispersar a vigilância e conseguir porto seguro em solo europeu, os candidatos a imigrantes ilegais “jogam suas crianças” (isto mesmo!) ao mar, para que os marinheiros percam tempo salvando-as por razões humanitárias. Assim, os clandestinos burlam a guarda costeira e alcançam o primeiro mundo, às custas do sacrifício dos próprios filhos. Evidente que os marinheiros italianos e gregos não conseguem salvar todas as crianças jogadas aos tubarões em águas europeias. E aí, morrem mais anjinhos, sacrificados pelos próprios pais. Eu pergunto, esse tipo de gente merece guarida em solo estrangeiro? Merece nova chance? Merece asilo? Definitivamente não.
Capítulos sem fim de uma CPI inútil
Estão orquestrando de qualquer maneira um meio de impedir a reabertura de escolas no país. Quando não é criando um balão de ensaio que é a CPI da Covid, é maquiando números pra manter o clima de insensatez, o clima de guerra civil, o clima de ódio entre cidadãos e governos – é a desinteligência que comanda a nação. Por exemplo, idosos pararam de morrer de COVID, ou morrem bem menos – por quê? Porque foram vacinados! Ao invés de ficar impondo Lockdown, governos devem incrementar vacinação, aumentar leitos, equipes médicas, respiradores, etc… A única medicação que demonstrou ser um paliativo seguro para alguns casos de COVID é renegada por motivos políticos. Convenhamos, de nada adianta assistir o sr. Renan Calheiros “apertando” o general Pazzuelo, isso não ajuda a República, não aumenta as chances de trabalho dos desempregados, não torna a vacinação mais rápida.
Ouvidos surdos
Não dá mais pra manter a população presa. O dano econômico já é visível e voraz – o dano para os nossos jovens, privados de aulas há mais de ano é irreversível e somente se agrava! Tampouco posso dar alento aos sindicatos de professores neste momento, eles que lutam para impedir o retorno do ensino presencial. No dia em que todo servidor público, professores da rede pública e juízes, inclusive, ganharem por produtividade, eu ouço sindicato de professores. Antes não. Até acho que não podemos obrigar professores a voltar a trabalhar sem vacinação. Volta o professor que quiser – e vão reparar que, curiosamente, os professores da rede privada vão querer voltar a trabalhar em sua maioria (claro, eles vivem de produtividade). O que não pode é governo algum proibir escola de reabrir. Na maioria dos bons países do mundo as escolas permaneceram fechadas por quarenta, cinquenta dias. Por aqui, estão fechadas há um ano. Lá morreu mais gente por conta da reabertura das escolas? Penso que não.
Ditadura da COVID
No início da pandemia, todos nos esforçamos e fizemos sacrifícios intensos, pessoais e profissionais. Aguardamos que a rede pública de saúde se aparelhasse e organizasse, no âmbito de Estados, municípios e da Federação. Não se aparelhou. Agora é encarar, vacinar, e lutar pela vida ao invés de esperar a morte trancafiado em casa. Lockdown não diminui o número de mortes. Só dilui sua incidência. As mortes se tornam mais esparsas, o que seria útil se durante as medidas mais rigorosas de fechamento se criassem vagas em enfermarias e hospitais, mais equipes médicas e anestésicos. Como isto não ocorre, é sacrifício pelo sacrifício, é supressão inútil de liberdades individuais.
O Dito pelo não Dito:
“Não me chames de estrangeiro. Sou seu irmão” (frase de imigrantes italianos ao chegarem ao Brasil).
RENATO ZUPO, Magistrado, Escritor