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Tempo Distante

Por: . | Categoria: Do leitor | 06-02-2024 11:59 | 114
Foto: Arquivo

Em um tempo bem distante, num lugar longínquo, havia uma rua descalçada. Quando chovia o barro tomava conta de tudo ali. A rua tonava-se intransitável. Naquela rua havia algumas casas.

Ao final da rua iniciava-se uma trilha bem contornada por árvores e matas. Do lado direito havia uma fascinante cachoeira que descia dos morros.

À noite o som do barulho das águas juntamente com o coaxar dos sapos, era uma canção de ninar. Belezas que ficaram bem distantes! Quanta beleza, quanta poesia para serem contempladas com os olhos da alma!

A trilha era bem perigosa, pois as sombras das árvores a escurecia, mesmo durante o dia.

Quando iniciava-se a aurora, pássaros multicores gorjeavam lindamente no arvoredo. Era um lugar bonito que ficou no passado.

Subindo a misteriosa trilha pelo morro, bem do outro lado havia também algumas casas escondidas entre arvoredos. Lá havia poucos habitantes.

Nas noites enluaradas, o brilho do luar misturava-se entre as árvores. Ao amanhecer o sol emitia seus primeiros raios lá detrás do morro, trazendo muito brilho para as folhas das bananeiras, palmeiras, coqueiros e outras. Tudo aquilo era um espetáculo único. Ali estava as mãos de Deus!

Felizes os que tiveram o privilégio de terem presenciado aquilo tudo, e vivido naquele tempo!

Hoje este lugar não existe mais!

O tempo passou!... o tempo não volta!

MARENE LIZARELI PAES
Formada pela faculdade de Filosofia de Passos, em Português e Inglês e suas Literaturas