Tarde de verão
Por: . | Categoria: Do leitor | 01-05-2024 00:02 | 1357
Numa tarde de verão, enquanto o sol dourava os campos e uma brisa suave acariciava as árvores, percebi que o amor é como um jardim cuidadosamente cultivado.
Era um daqueles dias em que o tempo parece dançar devagar, permitindo-nos saborear cada instante. Sentado à sombra de um antigo carvalho, deixei-me levar pelas lembranças, refletindo sobre a natureza complexa desse sentimento que nos move.
O amor é como uma semente plantada em solo fértil. Começa pequeno, frágil, mas com o tempo e os cuidados adequados, cresce e floresce, transformando-se numa exuberante manifestação de vida. Assim como regamos uma planta, o amor requer nutrição constante: atenção, compreensão, e compromisso mútuo.
Por vezes, o amor nos surpreende como uma semente que germina em meio ao concreto, desafiando as adversidades. É nos momentos mais inesperados que encontramos sua verdadeira essência, em gestos simples, palavras sinceras, e olhares que transcendem as barreiras do tempo.
Contudo, o amor também conhece as estações da vida. Assim como um jardim enfrenta a seca do verão e o frio do inverno, o amor atravessa desafios e provações. Mas é justamente nos períodos de adversidade que suas raízes se aprofundam, fortalecendo os alicerces do relacionamento.
Ao longo dos anos, aprendi que o amor é uma jornada de descoberta contínua. É uma dança entre duas almas, onde cada passo revela novos horizontes, novas profundezas de entendimento e conexão.
No final das contas, o amor não é apenas um sentimento, é uma escolha diária. É escolher amar, mesmo quando as tempestades da vida ameaçam apagar a chama. É cultivar paciência, respeito e gratidão, permitindo que o jardim do amor floresça em toda a sua beleza e plenitude.
E assim, enquanto o sol se punha no horizonte, agradeci por cada pétala, por cada espinho, por cada momento de amor que enriqueceu minha jornada. Pois no jardim do amor, encontramos não apenas a beleza das flores, mas também a força e a resiliência que nos tornam verdadeiramente humanos.
LUCAS BORGES