Meu jovem, minha jovem
De vida em sua plenitude
Mantenha a sua virtude
Não aceite o que ilude!
Muitas vezes amigos meus,
Quando falava de literatura
Deparei com olhos tristes,
Demonstrando a amargura!
Não eram olhos atentos;
Os lábios eram ressequidos
O semblante vago, distante
Nos pensamentos perdidos!
Tentava em vão transmitir
Dos livros, as mensagens,
Mas muitas, muitas vezes,
Sobrepunham as imagens!
Visão de pais esperançosos
Do filho sendo um vitorioso
Na grande batalha da vida,
Com futuro certo, glorioso!
Mas às delegacias levados
Diversos jovens já viciados
Muitos flagrantes lavrados
A maioria deles afiançados!
Rosto caído e envelhecido
Na maioria, precocemente,
O comportamento atrevido,
De corpo com alma doente!
Argumentando ter razão,
A buscar uma motivação,
Para enfrentar a batalha
De sobreviver à tentação!
É muito fácil dizer: NÃO
É uma palavra pequena
Principalmente a recusa,
Ser: seca, rápida e serena!
Dizer NÃO, morte precoce
Dizer NÃO à utilização,
Dizer NÃO, ao suicídio
Dizer NÃO, drogas NÃO!
- 26.06 -
Dia Internacional sobre o abuso e o tráfico ilícito de drogas.
O poema é de 1995, no cargo de secretária do Conselho de Segurança de Perdizes - SP - Extraído da vivência como professora e escrivã de polícia.
(María Amélia Leal)
Escrivã aposentada, professora, advogada
São Sebastião do Paraíso - Minas Gerais