SUSPEITA DE CRIME

Prefeitura suspeita que incêndio no aterro foi criminoso

Secretário de Meio Ambiente afirma que área está sendo monitorada para evitar que novos focos se iniciem. Fumaça não foi controlada
Por: Ralph Diniz | Categoria: Cidades | 25-09-2024 10:42 | 675
Após quatro dias do início do incêndio, local ainda é tomado pela fumaça. Chamas estão controladas
Após quatro dias do início do incêndio, local ainda é tomado pela fumaça. Chamas estão controladas Foto: Reprodução

Um incêndio de grandes proporções atingiu o aterro sanitário de São Sebastião do Paraíso na noite de sexta-feira, 20, deixando a cidade coberta por densa fumaça. Segundo a prefeitura, o fogo pode ter sido de origem criminosa, já que começou em uma área do aterro que não recebia resíduos há muito tempo.

De acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Renan Jorge Preto, quatro dias após o início do incêndio, a área afetada ainda apresenta intensa fumaça, apesar dos esforços da prefeitura em realizar constantes aspersões de água na tentativa de minimizar a poluição atmosférica. No entanto, as chamas estão controladas, e equipes das Secretarias de Obras e Meio Ambiente realizam monitoramento contínuo para evitar a propagação de novos focos.

“O incêndio começou em uma região do aterro que não recebia resíduos há muito tempo, então não há como afirmar que o lixo pegou fogo sozinho, principalmente durante a noite. Definitivamente não foi acidental”, afirmou Renan. Ele ressaltou, no entanto, que ainda não há pistas sobre a autoria do possível ato criminoso.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 23h40 da última sexta-feira e imediatamente se deslocou para o local, constatando que o fogo se concentrava em um grande amontoado de resíduos sólidos. Durante toda a madrugada e o sábado, equipes de bombeiros e servidores municipais trabalharam intensamente para conter as chamas e evitar que elas atingissem uma plataforma desativada, que acumula cerca de 10 anos de lixo.

Medidas de contenção foram adotadas, como a utilização de caminhões-pipa da prefeitura, com capacidades de 9 mil e 16 mil litros, e máquinas agrícolas, como retroescavadeiras, para criar aceiros e isolar o foco do incêndio, impedindo que o fogo se alastrasse para a vegetação e propriedades vizinhas.

Ao todo, cerca de 35 mil litros de água foram utilizados no combate às chamas durante essa operação, que se estendeu por todo o sábado. Apesar dos esforços, a área já atingida continua a emitir fumaça, e as autoridades permanecem em constante monitoramento para controlar a situação.

O prefeito de São Sebastião do Paraíso, Marcelo Morais, relatou ter sido alertado sobre o incêndio por volta das 23h da última sexta-feira, quando um morador próximo ao aterro notou a forte fumaça. “Tentamos desesperadamente conter esse fogo, mas não conseguimos. Tivemos que fazer um aceiro com trator de esteira para isolar a área”, explicou o prefeito.

A prefeitura informou que os trabalhos de monitoramento e controle da emissão de fumaça continuarão nos próximos dias, uma vez que a grande quantidade de material queimado mantém a situação crítica no local.