O ano começou bem para Max Verstappen e dava pinta de que seria outro passeio. Ele venceu 4 das primeiras cinco corridas e 7 das dez primeiras. Depois enfrentou um período de vacas magras a partir de Miami quando passou dez Grandes Prêmios sem nenhuma vitória, mas sempre lutando com o que tinha, ora contra a McLaren, ora contra a Ferrari e até a Mercedes que passaram a ser mais competitivas que a Red Bull, e sem poder contar com a ajuda do companheiro de equipe Sergio Pérez.
Um título que coloca Verstappen na galeria dos melhores pilotos de todos os tempos da F1. O de 2021 foi controverso com as decisões duvidosas do então diretor de provas, Michael Masi. O de 2022 não foi difícil de levar para casa, e o de 2023 foi um passeio no parque com 19 vitórias em 22 corridas. Mas esse conquistado no domingo passado, em Las Vegas, é seguramente o melhor dos quatro. Max precisou tirar leite de pedras para impedir que a ameaça de Lando Norris não virasse pesadelo. Em 2023, os pontos que Verstappen somou sozinho seriam suficientes para o título de Construtores da Red Bull, bem diferente deste ano em que precisou fazer funcionar um carro que não estava entre os mais rápidos e não perder o foco com a disputa interna pelo poder na Red Bull envolvendo o chefe Christian Horner e o consultor Helmut Marko, além da perda de vários nomes importantes do staff técnico da equipe, entre eles o projetista, Adrian Newey. E no meio de tudo isso havia Toto Wolff tentando seduzi-lo para a vaga de Lewis Hamilton que vai para a Ferrari no próximo ano.
Verstappen foi resiliente, e em São Paulo, sob chuva torrencial, largou de 17º e conquistou uma vitória incrível para destruir o emocional de Norris e não deixar dúvidas sobre a sua capacidade.
Até aqui foram 8 vitórias de Verstappen, mas a temporada entra para a história da F1 como a primeira em que 7 pilotos venceram duas ou mais corridas no ano. Isso, indiretamente, jogou a favor de Max que não teve um apenas um único piloto contabilizando o maior número de vitórias. Norris e Leclerc venceram três corridas cada, enquanto Piastri, Hamilton e Russell conquistaram duas vitórias cada um.
Verstappen é do tipo que divide opiniões. Há quem gosta e quem não gosta de seu jeito de ser. Mas ele agora se junta ao seleto grupo dos pilotos que venceram 4 ou mais campeonatos, ao lado de Alain Prost e Sebastian Vettel (4), e atrás apenas de Juan Manuel Fangio (5), e Michael Schumacher e Lewis Hamilton (7).
George Russell venceu o GP de Las Vegas com Lewis Hamilton em grande apresentação depois de largar de 10º, completou a 60ª dobradinha da Mercedes na F1. Carlos Sainz completou o pódio com a Ferrari e Max Verstappen terminou em 5º, uma posição à frente de Lando Norris, o suficiente para garantir o título com duas corridas de antecipação.
Enquanto a F1 voava de Las Vegas para Doha, veio a grata notícia de que haverá uma nova equipe no grid a partir de 2026. A “Cadillac F1 Team” em parceria com a GM será a 11ª equipe, abrindo mais duas vagas para os jovens pilotos.
Neste final de semana tem a penúltima etapa do campeonato, o GP do Qatar, no Circuito de Losail, o último do ano com o formato de corrida Sprint que terá largada neste sábado às 11h, e a classificação para a corrida de domingo às 15h. Amanhã a largada será às 13h.
A F2 também está no Catar para a penúltima rodada do ano com o título em jogo e o brasileiro Gabriel Bortoleto na liderança do campeonato. Além da programação da F1, a TV Band anuncia a transmissão da corrida principal da F2 neste domingo às 9h20.