“A maledicência é quase sempre irmã da inveja” (Severo Catalina)
Numa cidade como a nossa, onde campeia
desenfreadamente a ociosidade, é comum
proliferar e germinar esta semente pobre,
que é a maledicência.
Felizmente, onde ela existe há uma mentira
na garupa, porque, por mais que ela galope,
não chega a lugar nenhum, pois quando as
raízes são profundas, não é de temer que a
ventania, arranque as árvores.
Partindo de uma premissa de que somente
os maus, é que sempre dizem mal dos bons,
chegamos à tristíssima conclusão de que o
mundo gosta de empanar o brilho de nomes ilustres.
Oras, no magistério erudito de Bacon, “a
melhor vingança contra a maledicência é o
menosprezo e o esquecimento”. Entretanto o
latino americano, não domina muitas vezes, a
lama que lhe atiram e tenta revidar, motivando
polêmicas estéreis, pelo opróbrio recebido.
Saibamos viver com transparência, honra e dignidade.
Pior que a maledicência é o anonimato, letal apanágio
dos covardes,máscara negra do escarro, perfil da latrina
contaminada, cloaca poluída, e, segundo o nosso
imortal Rui Barbosa “O anonimato
é o filho espúrio da covardia ...”