A revolta seguida de agressão na UPA em Paraíso é um ato injustificável, porém sintomático.
A paciência está acabando.
E não é só aqui.
Com a enxurrada de denúncias, revelações bombásticas, escândalos e tudo mais que assistimos de maneira crescente nos últimos anos, era previsível que o limite da paciência do cidadão iria diminuir.
Com um martelo, somos moldados na forja da ineficiência e da revolta com a corrupção.
Um estado falido pode produzir uma turba enfurecida. Que o diga Luis XVI.
O pacato brasileiro há muito o deixou de ser.
Está à beira de perder as estribeiras.
Mas somos diferentes.
Alguns podem confundir com falta de educação.
Na realidade é falta de informação.
E de paciência.
Preço da ineficiência.
No entanto, com alguns poucos governantes mostrando como se faz, estes serão exemplos.
A comparação será fatal.
Enquanto o prefeito de São Paulo provoca até renúncia de secretário de governo porque não consegue acompanhar o ritmo de seu estilo de governo, outros ainda seguem um conceito de que o governante é o centro do poder e tudo gira em torno dele.
Outro dia fui a uma repartição pública falar com a diretora da mesma e ela não se encontrava, pois tinha ido no café da manhã do aniversário do gestor maior.
Pode?
Gastei o resto de minha tolerância...
mabicego@hotmail.com