Curtas
Por: Redação | Categoria: Cidades | 12-11-2000 20:02 | 692
Entornou
Nada cômoda é a situação do secretário de Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, deputado Mauro Lopes, tudo por conta de ligações nada recomendáveis. Afinal, não orna bem para ele, dado a importância de seu cargo, ter, conforme afirma-se, estreita amizade com um estelionatário de Muzambinho. A denúncia partiu do sub-relator da CPI do narcotráfico, deputado Marcos Régis, ao demonstrar a ficha criminal do empresário apelidado de “Quilinho”. O secretário se diz perseguido.
Alergia
O governador Itamar Franco embirrou mesmo com o Governo Federal. Parece ter alergia não apenas do presidente Fernando Henrique, mas de alguns ministros dele. É o caso do das Comunicações, Pimenta da Veiga. Na última semana Itamar foi abrir oficialmente o XI Congresso das Associações Comerciais do Brasil. Em sua chegada adiantou que se Pimenta aparecesse, ele sairia pela outra porta. Não deu outra. Quando alguém soprou que o ministro estava na porta de entrada, alguns dirigentes da Federaminas, entre eles o presidente da ACISSP, Ailton Sillos, foram recepcionar Pimenta. Sorrateiramente, deram um tempo para que o governador vazasse pela porta do fundo.
Atrás
Questionamentos sobre a novela do Projeto SOMMA estavam sendo feitos na última sessão da Câmara de Paraíso, quando o vereador José Maldi lamentou: Estão anunciando que a obra quase terminada, e até hoje, embora tenha feito insistentes requerimentos, não consegui ter acesso ao projeto, mesmo sendo presidente da Comissão de Obras Públicas. O presidente Tito Capatti retrucou: “Eu fui atrás e soube o quis”. Devolvendo a resposta Maldi rebateu: “Dentro de nossa função de vereador, nossos pedidos devem ser atendidos. Não temos que descer lá na Prefeitura, o que pedimos é que deve subir”.
Solidário
Há muito tempo o tom da conversa não esquentava tanto. O tom do diálogo entre Capatti e Maldi, ainda mais ajudado pelos microfones, atingiu um bom número de decibéis. Usando a matreirice de alguns anos de mandato, o vereador José Caproni discordou do presidente afirmando que ele estava sendo arbitrário. Complementando, disse que a atitude do ainda prefeito em não atender ao Legislativo é um total desrespeito.
Saída
Numa pequena cidade do Estado de Goiás, bem nas barrancas do Araguaia, existem algumas rádios ditas comunitárias. A fiscalização da ANATEL recentemente lacroulhes os transmissores, tirando-as do ar. Como se sabe, uma vez lacrados, quem tiver a ousadia de bulir nos mesmos, pode ir para o xilindró. Mas como tudo pode acontecer em pequenas cidades de Goiás, não é que uma das emissoras abriu notícia crime, a popular queixa na Polícia, dizendo que o transmissor lacrado escafedeu-se, foi roubado.
Ainda riram
A dedução veio rápido: o que não podia funcionar era o lacrado, nesse caso, é só colocar um novo no lugar e “ nóis sortá os modão”. Deram uma banana para a ANATEL e riram do ladrão. Quem mandou roubar transmissor lacrado? Em Goiás há quem dê nó em fumaça e ainda esconde a ponta.
Benemérito
A correia anda apertada para a Chácara Pedacinho do Céu. Faltam recursos para a manutenção das várias pessoas assistidas. Como diretores daquela respeitável entidade souberam que um advogado não saia de um programa de rádio, colocando-se à disposição para acudir com cestas básicas, quem delas precisasse, resolveram fazer-lhe um apelo. A resposta foi positiva e a promessa seria quem de um dia para o outro a questão estaria resolvida. Por hora, ficou o dito pelo não dito.
Aviso Prévio
Vereador José Caproni, da tribuna da Câmara, disse estar cumprindo “aviso prévio” em seu mandato, e aproveitou para elogiar a prefeita eleita Marilda Melles. Segundo ele, depois de uma campanha árdua, ela poderia estar descansando, no entanto, ainda de acordo com o vereador, ela tem percorrido ministérios e gabinetes em Brasília, em busca de recursos, boa parte a fundo perdido. Em arremate filosofou, não se sabe inspirado em quem: “Quem não governa ouvindo o povo, não se dá bem!”.
Grana curta
O dinheiro anda curto na Prefeitura de Paraíso. Alguns títulos já foram apontados em cartório, fora as ameaças. A empresa responsável pela execução das obras do SOMMA já levantou acampamento, mesmo sem terminar o serviço. Asfaltamento prometido para bairros (lembram-se do Jardim Itamarati?), segundo informações não será feito. Isso sem contar fornecedores da já famosa cobertura do Centro Olímpico que tem trocos para receber e já estão fazendo promessa para isso acontecer. Outro sintoma são os repasses para entidades e para o próprio Legislativo.