Presidente do INPAR participa de congresso nacional sobre previdência dos servidores públicos
Dr. Daniel Tales, apresentou as conquistas e os desafios do instituto que administra a aposentadoria e a pensão dos servidores municipais
Por: Ralph Diniz | Categoria: Cidades | 24-02-2024 04:50 | 672
Entre os dias 19 e 21 deste mês, Curitiba foi palco do Congresso RPPS 2024, um dos eventos mais significativos para os regimes próprios de previdência social no Brasil. O evento, organizado pela Associação Paranaense de Entidades Previdenciárias Municipais (Apeprev), segunda maior entidade do setor no País, reuniu representantes de institutos de 19 estados, evidenciando a diversidade e a amplitude dos desafios enfrentados por essas instituições.
No centro desse encontro de conhecimentos e experiências, Daniel Tales de Oliveira, presidente do Instituto de Previdência dos Servidores Municipais de São Sebastião do Paraíso (INPAR), emergiu como uma figura de destaque no congresso. O também vice-prefeito foi convidado para integrar a mesa de honra na cerimônia de abertura, um gesto do presidente da Ape-prev, Márcio Apolinário, em reconhecimento ao trabalho realizado no instituto paraisense que, até pouco tempo, beirava o colapso financeiro.
Após chegar de viagem, o presidente do INPAR falou ao Jornal do Sudoeste sobre a experiência de participar do congresso. “Foi um momento de muito aprendizado, de muita troca de experiências”. Durante o evento, ele também teve a oportunidade de discutir problemas comuns aos institutos de previdência, como o repasse financeiro pelos Executivo municipais e as compensações previdenciárias, além de compartilhar as estratégias adotadas pelo INPAR para superar esses desafios. “Muitos institutos enfrentam dificuldades semelhantes.
No entanto, com esforço e inovação, conseguimos não apenas superar esses obstáculos, mas também nos tornarmos um exemplo para outros”, ressalta.
Além da troca de conhecimento, o presidente do IN PAR trouxe na bagagem boas notícias para os aposentados e pensionistas do município em um futuro próximo. “Es-tamos vendo a possibilidade de organizar o nosso sistema previdenciário pra que a possamos estar, finalmente, certificados sem ser via judicial. O que isso significa: tro-uxemos recursos e melhorias de implantação de nosso sistema, no nosso fluxo de aposentadorias e pensões frente, inclusive, ao Tribunal de Contas para que o nosso instituto de previdência possa ser certificado. Em 32 anos de existência, a nossa Certidão de Regularidade Previdenciária (CRP), sempre teve que ser judicializada por conta de não seguir todos os parâmetros legais exigidos pelo Tribunal de Contas. E agora nós estamos finalizando esse processo com a ajuda do Executivo, que tem sido muito parceiro. Ele tem feito os repasses em dia, coisa que nenhum prefeito havia feito em dia antes, infelizmente. O Marcelo Morais tem repassado todo o imposto recolhido, tanto do servidor, quanto do patronal, religiosamente em dia”, enfatiza.
Dr. Daniel ainda destaca que trouxe do congresso de Curitiba uma ideia de usar o ativo do INPAR para fazer empréstimos consignados com taxas mais baixas para aposentados e pensionistas. Atualmente, o instituto possui um caixa de aproximadamente R$ 5,5 milhões. “Conversei com vários gestores de outros institutos, eles têm implantado empréstimos a taxas mais baixas do que os grandes bancos porque a nossa meta não é lucrar como banco, a nossa meta é ajudar o servidor, e é claro, manter o dinheiro na mão daqueles que precisam com taxas justas e trazer qualidade de vida àqueles que tanto já fizeram para o nosso município”, explica.
Outro ponto marcante de sua visita ao congresso na capital paranaense foi o encontro com o Paulo Roberto dos Santos Pinto, secretário do Regime Próprio e Complementar, órgão ligado ao Ministério da Previdência Social. Na ocasião, eles conversaram sobre a possibilidade de o governo federal começar a pagar parte das compensações previdenciárias ao INPAR, que são os valores que o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) deve repassar ao instituto dos funcionários municipais referentes aos anos em que estes contribuíram para o regime geral antes de se aposentarem pelo regime próprio. Atualmente, a dívida da União com o INPAR está na casa dos R$ 29 milhões.
O FUTURO DO INPAR
Questionado sobre o futuro do instituto, que ele mesmo já havia declarado viver uma situação delicada e correr o risco de “ser devolvido ao INSS”, Daniel Tales fala em tom de otimismo, apresentando a gestão atual do INPAR como um modelo de eficiência e sustentabilidade financeira. “Resgatamos o instituto de uma situação crítica, com dívidas e sem projeções de pagamento para aposentados e pensionistas. Hoje, temos cerca de R$ 5,5 milhões em caixa, resultado de um trabalho árduo em várias frentes, incluindo contabilidade e gestão de recursos humanos. Os primeiros dois anos foram de transformações significativas, com a reorganização de processos e a recuperação financeira. Para o próximo biênio, o plano é continuar a trajetória de inovação e melhorias, garantindo a segurança e a tranquilidade dos aposentados e pensionistas. Os desafios são muitos, mas os resultados até aqui nos mostram que estamos no caminho certo. Vamos seguir trabalhando para garantir que o INPAR continue sendo um modelo de gestão previdenciária eficiente e responsável”, conclui o presidente.
