DENGUE

Situação da dengue em Paraíso está sob controle, mas prefeitura pede cautela

Prefeito e coordenador de Controle de Zoonoses apontam ações que estão mantendo números em baixa, mas pedem para que população se mantenha atenta
Por: Ralph Diniz | Categoria: Cidades | 24-02-2024 04:56 | 793
Foto: Arquivo/Jornal do Sudoeste

Apesar da dengue ser alarmante no País e o Estado de Minas Gerais ter o segundo maior índice da doença no Brasil, a situação em São Sebastião do Paraíso segue controlada, é o que afirma o Departamento Municipal de Controle de Zoonoses. Até o momento, são 321 casos notificados desde 1º de janeiro.

Segundo os últimos dados atualizados, 68 pessoas foram confirmadas com a doença em Paraíso. Além disso, 98 pacientes que procuraram o sistema de saúde com sintomas semelhantes testaram negativo para a doença; 155 ainda aguardam resultado de exame laboratorial e 70 populares se recusaram a fazer o teste.

Luciano Santana, coordenador do Departamento de Controle de Zoonoses, explica que a situação no município é “privilegiada” devido aos esforços da a equipe de combate a endemias da prefeitura, que têm trabalhando “praticamente de domingo a domingo” combatendo os focos do mosquito transmissor. Nesta semana, por exemplo, intensificamos ações nos bairros São Judas Tadeu e Azulville, onde será realizada um mutirão de limpeza neste sábado, 24. Os agentes também atuaram em locais com risco de proliferação do aedes aegypty, tampando caixas d’água em endereços denunciados por moradores vizinhos”, completa Santana.

No início da semana, a imprensa regional noticiou que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Passos registrou aumento de quase 60% na procura de atendimento médico por pessoas com sintomas semelhantes aos da dengue. A busca por ajuda foi tão grande que o horário de trabalho do local foi expandido e os estoques de medicamentos reforçados.

Diante do fato, a reportagem do Jornal do Sudoeste entrou em contato com o prefeito de Paraíso e responsável pela Secretaria Municipal de Saúde, Marcelo Morais, que declara que o mesmo não ocorre na UPA municipal. Segundo ele, o fluxo de pacientes segue normal, sem alta, sendo que a equipe da unidade segue com o mesmo padrão de notificações de dengue desde o primeiro dia do ano.

Ainda segundo Morais, os números da dengue nas primeiras oito semanas de 2024 é cerca 60% menor se comparados aos do mesmo período do ano anterior.

Conforme explica, a queda se deve, além de alguns outros fatores já apontados por Luciano Santana, à aplicação especial de permetrina, inseticida usado para eliminar as fêmeas do mosquito no interior das residências localizadas em pontos com maior incidência de infestação de aedes aegypti, como também em prédios públicos, escolas e outros locais com grande circulação de pessoas. “Isso tem surtido efeito, porque fazemos o bloqueio do mosquito onde está a contaminação”, comenta.

Contudo, o prefeito mantém a cautela em relação aos cuidados com a doença, principalmente diante do período em que as chuvas têm atingido a região praticamente todos os dias, aumentando o acúmulo de água pela cidade.  “Nós sabemos que não podemos baixar a guarda quando o assunto é a dengue. Em uma semana, tudo pode mudar. Vamos continuar com o nosso trabalho e pedimos para que a população continue vigilante, fazendo a sua parte”, conclui Morais.